“O governo vai dar apoio a todas as obras de aeroportos da iniciativa privada”. Foi desta maneira que a ministra Dilma Roussef se expressou ao receber das mãos do deputado Marcelo Rangel, o documento onde consta o projeto de construção do Aeroporto de Cargas do Mercosul, na Região dos Campos Gerais. O deputado frisou que já estivera em outra ocasião com o ministro Nelson Jobim e que ganhara dele um aceno positivo para o empreendimento. “Por mais que seja uma obra totalmente financiada pela iniciativa privada, é importante que o governo também dê o seu aval”, argumentou Rangel, lembrando que uma das participações da administração pública poderá ser na construção e infraestrutura dos canais de acesso ao aeroporto.O encontro com a ministra foi durante uma audiência da Federação das Indústrias do Estado do Paraná – FIEP, onde o presidente Rocha Loures solicitou entre outras coisas o empenho do governo federal para a instalação do Aeroporto dos Campos Gerais.O deputado estava acompanhado do presidente da Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa, Jordão Bahls, que trouxe o entusiasmo dos empresários regionais, motivados com o andamento dos estudos.Rangel frisou, por exemplo, que no documento entregue à ministra, já estão elencados alguns locais que passaram pelos estudos preliminares da empresa que vem desenvolvendo o projeto e que será a responsável pela primeira etapa da iniciativa.Aeroporto“O aeroporto que se pretende não é para Ponta Grossa ou Paraná. É um aeroporto para a América do Sul”, referindo-se ao gigantismo do empreendimento. “O que vamos ter em Ponta Grossa não é um aeroporto que dependa diretamente de movimento mínimo para se expandir, pois ele próprio será auto-sustentável, aglutinando para a região o grande filão de produções que serão destinadas ao Mercosul e outros continentes, tanto na entrada como na saída de mercadorias”, explica, lembrando que em cinco anos, se todos os investimentos previstos forem consolidados, já será possível o aeroporto estar em plena operação. A operação do Aeroporto, mesmo quando ele estiver parcialmente concluído em sua primeira etapa, o que deve demorar no mínimo quatro anos, será extremamente positiva para a economia dos Campos Gerais. O prognóstico dos técnicos é de que a região comece a adquirir um dos melhores padrões de vida, a exemplo de cidades do primeiro mundo. “Serão em torno de 250 mil pousos e decolagens de aeronaves de grande porte por ano, já na primeira etapa e quando estiver com as quatro pistas previstas concluídas, poderá chegar a 700 mil pousos e decolagens anuais, classificando-se entre os dez maiores aeroportos do mundo. Isso significa uma média de 80 aeronaves/hora em atividades de pico”, exemplificou o deputado. O investimento desta obra, que prevê um sítio de 1.500 alqueires para o seu projeto definitivo, torre de controle, armazenamento, terminais de socorro, ILS e radar é em torno de R$ 1 bilhão, sendo que na primeira fase serão alocados aportes de R$ 206 milhões vindos da iniciativa privada.