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Missão do Governo do Paraná Prospecta Negócios Em Québec 06-5-04

“O Canadá não deve ser, necessariamente, um país concorrente do Brasil no setor industrial e sim, pela sua economia rica e diversificada, um parceiro e investidor”, disse nesta quinta-feira (6) o secretário de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Luís Mussi, antes de embarcar em companhia do governador Roberto Requião para aquele país.Na próxima segunda-feira, em Montreal, Mussi fará uma apresentação sobre as potencialidades da economia paranaense para investidores e empresários canadenses. O secretário acompanha o governador do Paraná, Roberto Requião, em uma missão de prospecção de negócios à província de Québec. A comitiva paranaense, formada ainda pelos secretários Luiz Eduardo Cheida, do Meio Ambiente; Aldair Rizzi, de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Edson Strapasson, da Região Metropolitana de Curitiba, além de empresários, embarca nesta sexta-feira para Toronto e já no sábado, inicia o programa oficial, com um encontro com o cônsul-geral do Brasil, ministro Fernando Jacques Magalhães Pimenta.Segundo ainda o secretário Mussi o governo paranaense já identificou diversos setores que oferecem reais oportunidades de negócios com empresas do Canadá: agronegócio; setor florestal ( madeira e móvel, da qual empresas paranaenses situam-se no topo do ranking dos maiores exportadores do Brasil ); programas de computadores e tecnologia de informação; biotecnologia; cooperativismo e financiamento cooperativo e ainda na área de energia em geral.Potencial - “A província de Québec é a segunda produtora mundial de papel de jornal, é grande geradora de energia elétrica e está entre os dez maiores produtores de minérios do mundo, tendo, desse modo, uma economia em que, tenho certeza, a missão paranaenses poderá encontrar diversos nichos de cooperação”, ressaltou ainda o secretário Mussi.Segundo estudo do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Paraná (Erepar), a disputa comercial entre brasileiros e canadenses em torno das empresas aeronáuticas Embraer e Bombardier colocou os governos dos dois países em uma disputa junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), que condenou os incentivos concedidos pela governo canadense à Bombardier. Entretanto, nenhum dos dois governos usou qualquer tipo de retaliação comercial e ambos os países sempre procuraram uma negociação para o conflito.De acordo com o relatório da Erepar, o Brasil tem sido, tradicionalmente, o maior parceiro dos canadenses na América do Sul. Nos últimos anos os investimentos canadenses no Brasil atingiram a US$ 4,17 bilhões, segundo o Departamento de Estatísticas do Canadá, e se concentram principalmente nas áreas de telecomunicações, energia, alumínio e bebidas – a canadense Molson adquiriu a Kaiser, no início do ano passado . O comércio bilateral gira em torno de US$ 1,6 bilhão/ano e, conforme ainda destaca o secretário Mussi, empresas canadenses estão interessadas em ampliar investimentos e estudar parcerias com o Brasil na agricultura, na exploração de gás natural e na área de mineração.Um dos setores em que as vendas paranaenses têm crescido com mais intensidade para o Canadá é o automobilístico, com destaque para carros com motor a diesel. No sentido contrário, o estado importa fertilizantes.“O momento, assim, é adequado para iniciarmos esses contatos com os canadenses, pois a ONU projeta um crescimento de 8% no comércio mundial, este ano, e de 4% na economia mundial. Este é o ano em que o governo Requião intensificará os contatos e parcerias com outros países”, concluiu.
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