Apesar das várias campanhas para diminuir o índice de acidentes de trânsito no Brasil, o problema perdura. “Em cada feriado prolongado, além das previsões do clima, a mídia já indica quantos acidentes acontecerão e qual será a média de mortes”, afirmou o deputado Mauro Moraes (PMDB), que acredita que o problema maior ainda é a falta de conscientização do motorista.Segundo o parlamentar, as campanhas não atingem um número significativo de pessoas, onde a maioria continua acreditando que “os acidentes só acontecem com as outras pessoas”. Cuidados com a manutenção dos veículos, uso do cinto mesmo nos bancos traseiros, consumo de bebidas alcoólicas durante a viagem, velocidade apropriada, cuidados na ultrapassagem, entre outros, não são levados em consideração pela maioria dos motoristas, apesar de toda a orientação neste sentido. Dados recentes de fabricantes de veículos informaram que modelos Fox 2006, nos quais poderiam fazer a instalação de air bags e ar condicionado, por exemplo, só 28% optavam pelo equipamento de segurança, que custa cerca de R$ 2.000,00, enquanto 44% tinham ar condicionado, que custa em torno de R$ 4.000. Em outros modelos, da mesma fábrica, a diferença é ainda maior: enquanto 50% dos consumidores pediam ar condicionado, apenas 1% optava pelo air bag.Moraes considera que estes números indicam uma autoconfiança muito grande por parte dos usuários, além de uma preferência pelo conforto, em detrimento da segurança.”Todos os cuidados que não são tomados pelos motoristas indica que existe uma cultura de que nunca somos nós os responsáveis pelas falhas ocorridas e em qualquer tipo de acidente a culpa é sempre do outro”, analisa Moraes.“Talvez as campanhas devessem se voltar mais para estes pontos, levando os usuários a refletirem sobre suas condutas no trânsito, remetendo a uma autocrítica que poderia resultar em novos comportamentos na direção de um carro ou moto”, acredita o parlamentar.
Pesquisa Legislativa
PROJETOS PARA JOVENS
