Inchaço da máquina“O inchaço da máquina administrativa com a multiplicação dos cargos em comissão é um dos grandes problemas da atual administração”, diz o deputado Plauto Miró (DEM). Segundo Plauto, a situação financeira do estado se tornou calamitosa por causa do exagero de cargos comissionados, somado ao das secretarias inúteis.O deputado aponta o mau gerenciamento para a crise que o Paraná atravessa e com isso a necessidade de se aumentar os impostos para cobrir o rombo no caixa.“Não adianta aumentar alíquota de impostos. Tem que economizar nos gastos públicos, principalmente no que diz respeito à folha de pagamento. Quantas vezes foi votada a criação de novos cargos em comissão nesta Casa? Querem meter a mão no bolso do contribuinte para poder custear esta ‘folia’ da administração pública no Paraná”.Requião criou 688 cargos“Em quatro anos Requião criou quase 700 cargos em comissão”, diz o deputado Valdir Rossoni, líder da Oposição na Assembléia. “Quantos órgãos do governo e secretarias foram extintos? Nenhum cargo foi extinto, pelo contrário, centenas de cargos foram criados”, alerta.“Agora querem aumentar impostos e taxas para tentar tirar o Paraná do vermelho. O governador que demita seus parentes e apadrinhados políticos que sobrará dinheiro para realizar ações sociais no estado, sem precisar meter a mão no bolso do contribuinte”, completa Rossoni.Enxugar a máquinaO deputado Edgar Bueno (PDT) assinou, na quinta-feira, o painel contra o tarifaço, efetivando a sua posição contrária aos projetos do Governo que tramitam na Assembléia. “O povo não agüenta mais impostos. A qualidade do serviço público está caindo e a carga tributária só aumenta. Todo governo pensa em arrecadar mais, quando deveria pensar em diminuir despesas, incluindo aí os cargos em comissão”, declarou Bueno.É necessário?A deputada Rosane Ferreira (PV) também assinou o painel contra o tarifaço, seguindo assim a decisão do Bloco Independente na Assembléia.Rosane já havia se comprometido a assinar, mas estava viajando e só retornou quita-feira (29). A deputada afirmou que sua candidatura à Prefeitura do município de Araucária, não interferiu na decisão de votar contra o tarifaço. “Para justificar o aumento dos impostos e taxas o governo teria que promover, em contrapartida, um pacote de bondades para a sociedade, como a redução de cargos comissionados e um pacote social com obras e serviços essenciais para a população. Votarei contra e não é porque serei candidata a prefeita, e sim porque não estou convencida da real necessidade desses aumentos”. Boa notíciaO deputado Marcelo Rangel (PPS) lamenta que o ano de 2007 esteja acabando e até o momento não tenha visto uma única boa notícia do governo Requião. “Qual foi a boa notícia que o governo do estado nos deu neste ano de 2007? Eu pelo menos não consegui identificar uma notícia extremamente positiva sequer, que este governo que aí está passou ao nosso povo. Pelo contrário, só vi aqui na assembléia escândalos e confusão. Agora, como presente de Natal, ele resolve aumentar impostos e agredir o bolso do contribuinte”. Um tiro na lógica “Para tentar aprovar o tarifaço o governo Requião faz qualquer negócio. Inclusive ir contra a lógica. Só não aceita admitir que queira aumentar impostos porque está com problemas de caixa”, afirma o deputado Valdir Rossoni (PSDB). Agora, segundo o parlamentar o governo sugere que busca um efeito ‘Robin Hood’ (tira dos ricos e dá aos pobres) ao aumentar o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis de Bens e Direitos (ITCMD). Com a nova sistemática, progressiva, a arrecadação até cairia de R$ 61 milhões para R$ 26 milhões. “Ou seja, a fome e sede de justiça deste governo são tamanhas que aceitaria perder receita apenas para atender seu espírito justiceiro. Essa disposição de perder receita não convence ninguém e a progressividade pretendida afronta a Constituição”, concluiu Rossoni.