Com o término do prazo para a mudança partidária, o PMDB foi o grande beneficiado com as novas adesões. A bancada que já era a maior na Assembléia Legislativa do Paraná passou de 11 para 14 parlamentares, “fato que mostra a pujança do nosso partido”, como afirmou o deputado Nereu Moura, vice-presidente estadual da legenda, na conversa com os jornalistas, na tarde de hoje (03).Nereu comparou a adesão dos neopeemedebistas a um casamento no civil e no religioso que não deve ser desfeito diante do primeiro problema surgido. “Quem veio conosco tem que ser um apaixonado do velho MDB de guerra”, disse, afirmando ainda que este crescimento é reflexo da importância do partido e da boa gestão que vem sendo executada pelo governador Roberto Requião. Um aspecto que Nereu fez questão de destacar é que junto com a recente filiação dos deputados Mauro Moraes, César Seleme e Geraldo Cartário, novas lideranças ligadas a estes políticos também vieram somar nas fileiras peemedebistas, “o que vai fortalecer em muito o partido para as eleições do ano que vem”. Ele lembrou que o crescimento do partido foi significativo, de oito nomes eleitos em 2002 para os atuais 14 deputados, “o que praticamente dobrou a nossa bancada”.Em relação às eleições do ano que vem, a expectativa do primeiro secretário da Assembléia Legislativa é que o partido eleja 20 deputados estaduais. Quanto ao número de votos, também numa análise subjetiva, ele disse que, na média, cada uma das 54 cadeiras da Assembléia Legislativa deve custar cerca de 40 mil votos às coligações.Quanto à relação com o PT, o deputado lembrou que a exemplo das eleições passadas, cada partido lançará candidato próprio ao Palácio Iguaçu, “o que não impede o apoio num eventual segundo turno, como no pleito anterior quando o Requião foi o vitorioso”. Questionado sobre a possibilidade das novas adesões dificultem os projetos políticos dos velhos peemedebistas, Nereu Moura afirmou que as urnas vão referendar os nomes que tiverem mais competência e mais capilaridade política.