o Pedágio Continua Sendo Uma Ferida Aberta que Precisa de Cura

24/02/2005 09h31 | por Luiz Henrique
O PEDÁGIO CONTINUA SENDO UMA FERIDA ABERTA QUE PRECISA DE CURANatálio SticaA questão do pedágio no Paraná é um assunto dos mais debatidos no estado.O inicio da cobrança de tarifa em muitas estradas em junho de 1998, foi aprovada pelos parlamentares na Assembléia Legislativa, ou seja, com o respaldo da casa de leis e do poder executivo. Os altos preços praticados e com a reeleição em jogo, o ex-governador Jaime Lerner, criador do pedágio decidiu reduzir em 50% as tarifas ainda no mês de julho de 1998. Em março de 2000, houve uma nova recomposição elevando as tarifas de veículos leves e ônibus em 100% e em 83% para veículos pesados. Hoje o governo do estado continua a procurar uma formula para curar esta ferida, mas não se encontra uma saída que sirva como atadura, pois o ferimento é enorme. Quem mais sentiu a dor do corte foi o usuário das estradas que não tem defendido, mas, o debate ainda continua. Há estradas onde a pista de rolamento realmente está boa, em compensação os acostamentos são impraticáveis, com desníveis absurdos e crateras aguardando o malogrado motorista. Existem no estado, aproximadamente 12 mil quilômetros de rodovias pavimentadas, sendo que 2.500 deles estão nas mãos da iniciativa privada que tem a obrigação de mantê-las em perfeitas condições de uso. Em dois anos houve o investimento por parte do poder público de R$ 200 milhões com a recuperação de 1.200 km de rodovias e foram mantidos em condições de tráfego mais de oito mil quilômetros.Uma parceria que está sendo firmada com a Petrobrás irá permitir a restauração de mais de dois mil quilômetros de pavimentos urbanos e quase dois mil quilômetros de pavimento rodoviário, isso demonstra o interesse em melhorar as condições de trânsito com baixo custo e que podem solucionar inúmeros problemas. É com boa vontade e respeito que se faz um bom trabalho.É bom que se diga que as concessionárias arrecadam R$ 1,75 milhão ao dia em média ou R$ 640 milhões por ano com a cobrança nas várias praças do Paraná, e respondem pela manutenção de dois mil e 500 quilômetros. Ou seja, em dois anos enquanto o governo do Estado vai recuperar 2.800 quilômetros de rodovias, e manter os outros oito mil com R$ 630 milhões, as concessionárias vão arrecadar um bilhão e 240 milhões de reais dos paranaenses para manter os dois mil e 500 quilômetros concedidos.Estes números que envolvem a arrecadação e investimentos feitos em estradas paranaenses, dão uma dimensão clara do achaque, do roubo e da imoralidade dos contratos firmados entre as concessionárias e o governo de Jaime Lerner, por isso é necessário dar um basta e acabar com este absurdo.O diretor geral do DER Rogério Tizzot apresentou recentemente números que eu desconhecia e que estão sendo chamados de bomba relógio das concessões rodoviárias. Um termo aditivo assinado em 2002 vem elevando as tarifas em percentuais que em 2003 aumentaram além do que já estava estabelecido mais 13%, em 2004 o reajuste chegou a 13%, em 2005 mais 8%, em 2006 subirá no lote 01, mais 8%, em 2007 8,5%, em 2008 outros 9% em 2010 e 2012 subirá 33% e em 2014 o absurdo total o pedágio terá um acréscimo de 39% segundo o termo aditivo assinado.Não bastasse o valor absurdo há a postergação de obras como a duplicação do Contorno Norte de Maringá que está previsto para acontecer somente em 2008, cinco anos após o que estava acordado. O Contorno Norte de Londrina que deveria estar sendo feito a partir de 2002 e que "deve" ter início em 2014 e algumas rodovias que deveriam ser restauradas a partir de 2003 e que ficaram para 2013. Dos 1747 km físicos em obras que deveriam ter sido feitos desde a assinatura do edital, apenas 288 km foram realizados até dezembro de 2004.Houve com isso uma redução de 487 km de construções de novas obras como terceira faixa, duplicações e marginais, a eliminação de 261 interseções, os chamados trevos e viadutos e eliminação de 12 contornos de cidades.Acredito que uma alternativa para a situação em que nos encontramos, é a implantação do pedágio de manutenção, com preço baixo e acessível para todos e que será uma prática a ser adotada brevemente pelo Governo do Estado. Tomando como exemplo o trânsito de veículos leves, na futura praça na cidade de Ivaí haverá a cobrança de R$ 2,2 e na de Perobal R$ 2, o trecho tem 220 km, enquanto num trecho semelhante entre as cidades de Floresta e Mamborê que têm 250 KM, o valor cobrado hoje pela concessionária Viapar é de 18,60, ou seja, em média paga-se R$ 0,074 por quilômetro e com o pedágio de manutenção será de R$ 0,019. Outro exemplo, entre Cascavel e Maringá um caminhão com sete eixos, paga hoje a Viapar R$ 109,20 num trecho de 279 km. Com o pedágio a ser instalado pelo DER, por exemplo, em trecho semelhante entre Guaira e Maringá de 306 km a tarifa será de R$ 16,80, ou seja, uma tarifa 6,5 vezes menorDias atrás surgiu a notícia da ilegalidade de cobrança quando a estrada é única e não existe alternativa para o motorista, ora se é uma determinação oficial porque não vigora?Quando se cogitou na criação do pedágio paranaense, falou-se muito em preservar vidas, que na verdade nos são muito caras. Mas o que vislumbramos é que a redução de acidentes é mínima e a conscientização dos motoristas acaba sendo feita pelo poder público sem o aval ou auxílio da iniciativa privada.Natálio Stica é deputado estadual e Líder do Governo na Assembléia LegislativaAS FOTOS ATUALIZADAS DO DEPUTADO ESTÃO NOS SITES:http://www.deputadoestadualpr.com.br/stica.htm OU http://www.stica.com.brEstamos à disposição (41) 350-4191/3504120/9622-3091

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