O Paraná não pode mais se queixar de falta de recursos para o combate de febre aftosa. A afirmação foi feita ontem pelo deputado Valdir Rossoni (PSDB), ao questionar o vice-governador e secretário de Agricultura, Orlando Pessuti, que fez ontem (24/10) uma exposição sobre o tema na Assembléia Legislativa.“A partir do momento em que o Estado abre mão dos R$ 1,5 milhão que o governo Lula colocou à disposição do Estado, não têm direito de reclamar se por acaso tenhamos que enfrentar aqui uma crise de aftosa”, disse o líder da oposição.O secretário Orlando Pessuti, explicou que o governador colocou os recursos do Tesouro Estadual, à disposição da Secretária de Agricultura para debelar eventuais focos de aftosa. Mas ao contrário de Requião, o vice-governador não descartou a hipótese do Estado ser beneficiado com indenizações de reses que possam ser abatidas, caso seja confirmado foco de aftosa.Mesmo assim, Rossoni questionou o fato de o governador Requião devolver os recursos destinados à sanidade animal ao Paraná, preferindo deixá-los à disposição do Mato Grosso do Sul. “Cabe ao governo federal e ao ministro da Agricultura, destinar recursos aos estados brasileiros. Por sinal, este recurso de R$ 1,5 milhão que está sendo devolvido pertence ao povo do Paraná e por isso seria necessária antes uma consulta antes de tomar esta atitude”, criticou o parlamentar tucano.Outra questão levantada pelo líder da oposição foi sobre a Feira de Londrina, por onde teriam passado os animais supostamente infectados, cuja fiscalização cabe à Secretaria de Agricultura. Pessutti garantiu que foram tomadas as medidas sanitárias e chegagem sobre a procedência do rebanho. “Todos os animais que lá chegaram estavam em boas condições de saúde. O pode ter acontecido é que estes animais estavam com a doença incubada”, justificou. O secretário prometeu para hoje à tarde ou amanhã o resultado dos exames no gado.