Paraná Perde a Chance de Sair Na Vanguarda Ambiental

16/04/2008 09h13 | por Daniel Caron
Cinco votos. Foi essa a diferença que faltou para que o Paraná se tornasse o primeiro Estado do país a utilizar apenas madeira reflorestada em suas obras públicas. Em pauta na sessão de ontem na Assembléia Legislativa estava o veto do governador Roberto Requião ao Projeto de Lei 154/07, da deputada estadual Rosane Ferreira (PV), que obriga o uso de madeira proveniente de reflorestamentos ambientalmente sustentáveis em obras públicas.O placar da votação foi favorável à deputada do Partido Verde, com 23 votos contrários ao veto e apenas 17 a favor da posição do governador Roberto Requião. Apesar da maioria simples, para derrubar o veto do governador eram necessários 28 votos, o que corresponde a 51% dos deputados.“É uma pena, pois o Paraná poderia ser um exemplo de desenvolvimento sustentável para o resto país”, afirma Rosane, destacando que a cadeia produtiva da madeira reflorestada emprega mais de 150 mil trabalhadores em todo o estado.“Somos auto-suficientes na produção de madeira reflorestada, além de sermos um dos maiores exportadores da matéria-prima”, disse a deputada, lembrando que 15% do total de áreas reflorestadas de todo o país estão no estado. “Não haveria qualquer problema para atender à demanda”, garante.Aprovado em Plenário, o Projeto de Lei 154/07 passou por três comissões da Assembléia, sempre com pareceres favoráveis à sua implantação, até ser vetado pelo Governador Roberto Requião. Para justificar o veto, o governador alega que editou um decreto estadual estabelecendo procedimentos de controle ambiental para a utilização de produtos e subprodutos de madeira de origem nativa em obras contratadas pelo Estado.Rosane afirma que seu Projeto não se contrapõe ao decreto, pois trata somente da madeira reflorestada. “Aprovando esta Lei o Estado ajudaria a restringir o consumo de madeira nativa retirada ilegalmente da Floresta Amazônica”, afirma Rosane, lembrando que a tecnologia empregada hoje na madeira reflorestada segue padrões da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que garantem a resistência, flexibilidade, dureza e conservação dessas estruturas ao longo das décadas.

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