Paraná pioneiro: estado é o primeiro do país a proibir método Fracking em todo o território

10/07/2019 13h02 | por Cláudia Ribeiro
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Agora é lei. O governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), sancionou a lei 19.878 que proíbe definitivamente a exploração do gás de xisto pelo método de fratura hidráulica, o fracking, no Paraná, primeiro estado a proibir a exploração em todo o território. No Brasil, mais de 380 cidades em diversos estados já proibiram o licenciamento ambiental para o fracking.   A proposta foi apresentada na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), pelos deputados Evandro Araújo (PSC), Goura (PDT) e Marcio Pacheco (PDT), e pela deputada Cristina Silvestri (PPS), e também prevê a proibição de outras formas de exploração do solo que possam contaminar o lençol freático, causar acidentes ambientais, ou ainda prejudicar a saúde.

Para o deputado Goura, a aprovação representa que o Paraná dá um exemplo de vanguarda na política ambiental registrando a extração de energia de forma altamente poluente.

(sonora)

O texto também prevê a revogação de uma Lei Estadual de 2016, que suspendia a exploração do gás de xisto pelo método fracking por um período de dez anos no estado. A lei era fruto de um projeto de lei assinado pelos deputados Marcio Pacheco (PDT), Cristina Silvestri (PPS); pelo deputado estadual licenciado e atual secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcio Nunes (PSD); pelo deputado estadual licenciado e atual secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva (PSD); pelo ex-deputado estadual e hoje deputado federal, Schiavinato (PP); e pelos ex-deputados Rasca Rodrigues e Fernando Scanavaca.

 O fracking ou fraturamento hidráulico, é uma técnica utilizada para realizar perfurações de mais de 3,2 mil metros de profundidade no solo para a extração de gás de xisto.  A diferença entre essa técnica, considerada não-convencional, e a convencional é que ela consegue acessar as rochas mais profundas no subsolo e, consequentemente, explorar reservatórios que antes eram impossíveis de ser atingidos.

 O problema é que por meio da tubulação instalada nessas perfurações, é injetada uma grande quantidade de água em conjunto com solventes químicos comprimidos – alguns até mesmo com potencial cancerígeno. A grande pressão gerada por essa água é que provoca explosões que fragmentam as rochas.   Às vezes, as fraturas são criadas por gases injetáveis, entre eles, o propano e nitrogênio.  No entanto, existem outras formas de fraturar poços para extração de gás xisto.

Alguns estudos mostram que mais de 90% de fluidos resultantes do fracking podem permanecer no subsolo e causar impactos como a contaminação do solo, ar e lençóis de água subterrânea.

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