Palestrantes e participantes da audiência pública “O Impacto das Ocorrências de Trânsito no Sistema de Saúde”, realizada no Plenarinho da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (19/9), elogiaram a iniciativa, que faz parte da Semana Nacional do Trânsito. (LINK). Proposto pelos deputados estaduais Márcia Huçulak (PSD) e Tito Barichelo (União), o encontro reuniu especialistas, gestores, autoridades e representantes da sociedade para debater o tema.

O professor Michel Aparecido Nocchi de Oliveira, Diretor do Colégio Estadual José Loureiro, levou uma turma do segundo ano do ensino médio para acompanhar as discussões. “A audiência foi uma oportunidade muito rica para os estudantes”, disse. “Eles logo se tornarão motoristas. [Informação] é um trabalho de prevenção a acidentes, o que é muito importante.”

Segundo Oliveira, o tema precisa ser levado de maneira regular para dentro das salas de aula.

Comportamento

Coordenadora do Programa Vida no Trânsito da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Tatiana Gomara Neves chamou atenção para a importância de comportamento de todos os envolvidos na mobilidade. “É um fator ainda muito preponderante”, afirmou. “Não adianta uma cidade contar com radares e vias adequadas à circulação se o comportamento das pessoas continuar o mesmo”, completou, citando como exemplos o desrespeito à legislação (como excesso de velocidade, uso de bebida alcoólica, entre outros).

Para ela, a diminuição de acidentes e a melhoria geral do trânsito precisa ter o envolvimento de toda a sociedade. “A responsabilidade precisa ser compartilhada por todos”, afirmou. “Debates como esse são importantíssimos.”

Atualizações

Geci Labres de Souza Junior, diretor do Complexo Hospitalar do Trabalhador, por sua vez, sugeriu a necessidade de atualização da legislação. Citando a proteção do capacete por parte de motociclistas, estabelecida em lei, ele citou os vários casos de acidentados que chegam ao hospital com lesões nas mãos e tornozelos.

Paro o médico, a legislação deveria estabelecer também a necessidade de proteção por meio de luvas e calçados apropriados — o que abrandaria a gravidade das lesões. “É preciso que os motociclistas sejam protegidos antes de chegarem ao hospital”, afirmou.