Os partidos com representação na Assembléia Legislativa já indicaram seus representantes para compor a CPI das ONGs, a primeira a ser instalada no Legislativo paranaense neste ano. A comissão será composta por sete deputados: Fabio Camargo (PTB), que propôs a matéria e apresentou seu nome para presidir a CPI; a relatoria deve ficar com Cleiton Kielse do PMDB; o PSDB indicou Luiz Fernandes Litro; o PP, Ney Leprevost; o PT, Péricles de Mello; o PFL, Plauto Miró; e o bloco PPS/PSB/PV/PR, apresentou o nome de Carli Filho (PSB).A Mesa Executiva iniciou nesta segunda-feira o processo de instalação e as primeiras reuniões devem ser realizadas já na primeira semana de abril. A CPI deve investigar o assunto durante 90 dias. “Não pretendemos ultrapassar esse prazo, uma vez que a Casa deve instalar apenas uma CPI por vez, para não atrapalhar os trabalhos do Legislativo. Como existem outras comissões na espera, pretendemos nos mobilizar para que todo o trabalho seja concluído em 90 dias”, explica Fabio Camargo.De acordo com o deputado petebista, o objetivo da comissão será o de elaborar uma legislação para o Estado que discipline as relações do Poder Público com o terceiro setor. “Hoje existe apenas a legislação federal, que é muito vaga. Alguns estados, como Minas Gerais e São Paulo já têm estudos avançados sobre a questão”, afirma Camargo.De acordo com Fabio Camargo, a comissão deve iniciar os trabalhos ouvindo entidades que já possuem estudos sobre o tema, como a Ordem dos Advogados do Brasil, e o Tribunal de contas do Estado, através do conselheiro Fernando Guimarães.“Não queremos tornar a CPI um ato partidário. Nossa intenção é separar o joio do trigo, saber quais entidades realmente prestam serviços à comunidade e quais estão envolvidas em irregularidades”, conclui o deputado.