01/09/2005 05h44 | por Carlos Souza
O deputado estadual Plauto Miró Guimarães (PFL) cobrou nesta quarta-feira (06) uma política de segurança para o campo. Segundo o líder do PFL na Assembléia Legislativa, a recente acusação de formação de milícias no campo, mostra a fragilidade e a insegurança que tomou conta dos agricultores rurais em todo o Estado. “Deixo bem claro, que não estou aqui para defender os policiais e integrantes dessa suposta milícia, mas atentar para a necessidade de um projeto de segurança para o campo. Está claro que os agricultores estão partindo para a contratação de serviços terceirizados de segurança, pois não recebem o devido apoio do governo na hora de proteger suas propriedades”, afirmou Plauto Miró Guimarães.Plauto lembrou ainda que o governo estadual é moroso em relação à questão fundiária e nada faz para combater o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que age de forma articulada, invadindo as propriedades rurais produtivas. “A falta de segurança obriga os proprietários de terras e produtores paranaenses a contratar serviços de segurança privados para evitar eventuais invasões”, disse Guimarães, lembrando que isso é prática comum em grandes companhias privadas e até mesmo por órgãos públicos. Para o deputado Élio Lino Rusch (PFL), que presidiu a CPI da Reforma Agrária na Assembléia Legislativa, o deputado Plauto Miró tem razão e lembrou ainda que “hoje, são 15,3 mil famílias à espera de um pedaço de terra, mas o MST continua criando falsas expectativas e levando gente para debaixo da lona. Além disso, o relatório apontou que o Estado não apresenta mais terras disponíveis para desapropriação e que o governo do estado fechou os olhos para uma série de desmandos e ilegalidades no campo”, sublinhou Rusch.O líder do PFL disse ainda que “espera que a Secretaria de Segurança tome uma medida e propicie a segurança necessária para que os produtores paranaenses continuem trabalhando com segurança e possam fazer do Estado uma potência agrícola”.Plauto também lembrou que desde o início do ano cobra uma situação para a falta de segurança no campo. “Vocês devem se lembrar dos 12 assaltos anunciados na região de Ponta Grossa e da morte de um agricultor. Como se vê, há tempos, o governo esqueceu do campo e da sua segurança”, conclui o deputado.