Filho de agricultores de Mandaguari, no Norte do estado, o deputado Rasca Rodrigues (PODE) nasceu em 1959. A ligação com as questões da terra forjou sua vocação para o ambientalismo, área em que atua politicamente desde a década de 1980. Formado em Agronomia, o parlamentar é funcionário licenciado do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão que também presidiu entre os anos de 2003 e 2005. Nos quatro anos seguintes, Rasca foi secretário estadual do Meio Ambiente.

Na Assembleia Legislativa, onde defendeu dois mandatos, a discussão da sustentabilidade permeou sua trajetória. Preside a Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais e lidera a Frente Parlamentar Ambientalista. “Em 2018, nossa grande conquista foi o arquivamento do projeto que pretendia reduzir a Escarpa Devoniana em 70%. A outra questão foi a proibição por dez anos da exploração do nosso subsolo com o método fracking, a extração de gás pelo fracionamento de rocha”, explica, salientando as articulações que marcaram seu atual mandato.

Um mandato caracterizado ainda por campanhas pela redução do uso de agrotóxicos, por campanhas pela despoluição do Rio Belém, em Curitiba, ou ainda pelo cicloativismo, e que contribuiu decisivamente no Legislativo também para a definição do marco regulatório que garante, com segurança jurídica, a criação e o manejo de colmeias das chamadas abelhas nativas sem ferrão, como das espécies jataí e a mandaçaia, que correm risco de extinção e são fundamentais para a preservação das nossas espécies botânicas.

Ligado ao movimento estudantil desde os tempos de universidade, Rasca Rodrigues aprimorou a veia política no período em que morou na Casa do Estudante Luterano Universitário (CELU). “Tive um mandato alinhado à busca da proteção dos animais, com diversas leis aprovadas com este objetivo. Um mandato forte que terá continuidade com a eleição à Assembleia do vereador de Curitiba, Goura, com quem tenho uma proximidade muito grande e que tem atuação nos temas que sempre defendi”, afirma.

“Sou agradecido aos votos que recebi nestes dois mandatos. Não me recandidatei porque entendo que a renovação é necessária e a política não deve ser profissão de ninguém”, diz o deputado. Durante a votação do ajuste fiscal proposto pelo Poder Executivo em 2015, fato que gerou protestos de inúmeros servidores em frente à Assembleia, Rasca Rodrigues foi mordido no braço por um cachorro da Policia Militar.

“Fato lamentável, que gerou até brincadeiras entre os amigos. Triste, por ter recebido a mordida, mas que vai ficar gravado em minha memória”, conta. Rasca Rodrigues comandou também a Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Pinhais e foi presidente do Sindicato dos Engenheiros do Paraná – Senge/PR, de 2002 a 2003.