A sessão também serviu como prévia ao Dia de Luta Contra o Câncer de Mama no Estado no dia 27 de novembro.A formação de comitês de tolerância zero para a mortalidade de câncer de mama foi uma das sugestões apresentadas no I Encontro das Primeiras-Damas dos Municípios do Estado do Paraná realizado nesta quinta-feira (20) na Assembléia Legislativa do Paraná. A sessão também serviu como prévia ao Dia de Luta Contra o Câncer de Mama no Estado no dia 27 de novembro. O encontro foi presidido pela deputada estadual Cida Borghetti (PP) - autora da lei estadual 14854, que instituiu a data.“As primeiras-damas vivem o problema no dia-a-dia e sabem como ninguém resolvê-lo”, disse Cida Borghetti no início do encontro, que foi aberto pelo presidente da Assembléia, Nelson Justus (DEM). A realização do encontro, segundo a deputada, foi para dar efetividade à lei aprovada pelos deputados estaduais. “Em 2004 morreram no Paraná 495 mulheres de câncer de mama, número que subiu para 612 em 2006, em dados provisórios. É possível fazer um trabalho preventivo e difundir informação para prevenir a doença. É necessário estabelecer políticas públicas para modificar os números e a realidade”, afirmou Cida Borghetti. Medidas - A deputada estadual Rosane Ferreira (PV) destacou que é necessária uma estratégia para evitar a morte de mulheres por causa do câncer da mama. A deputada é enfermeira e sugeriu como uma das medidas para isso abrir os postos de saúde nos fins de semana. “Vamos fazer mutirões nos fins de semana e garantir acesso rápido às ecografias mamárias. E vamos trazer para essa luta outros setores da administração pública”, recomendou. “Somos apenas quatro mulheres nesta casa, mas marcamos posição. Esta Casa (Assembléia) precisa ser cor-de-rosa em muitos dias do seu funcionamento”, observou Rosane Ferreira, fazendo alusão à cor que foi escolhida para o Dia de Luta contra o Câncer de Mama. Além dela e de Cida Borghetti, são deputadas estaduais Luciana Rafagnin (PT) e Beti Pavin (PMDB).Segundo o chefe do Serviço de Cirurgia Oncológica do Hospital Nossa Senhora das Graças, Calixto Antônio Hakim Netto, de cada três mulheres uma terá câncer. De cada grupo de 11 ou 12 mulheres uma terá câncer de mama. Morrem cada ano no mundo três milhões de pessoas por causa do câncer. “O câncer de mama não só pode ser detectado precocemente, mas também pode ser prevenido e a cura está aumentado cada vez mais”, declarou.Causa comum - O câncer de mama é o mais comum e a causa principal de mortalidade entre as mulheres. “O seu custo social e o seu custo para as três esferas de governo é muito alto”, disse a presidente da Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), Maira Caleffi. Ela destacou que o tempo que decorre entre a primeira consulta e o início do tratamento é de 168 dias em média. “É muito demorado e muitas mulheres acabam morrendo na fila de tratamento. É preciso diminuir esse prazo”, recomendou.Entre as várias sugestões que apresentou para diminuir os números de mortalidade por causa do câncer de mama, Maira Caleffi citou a melhoria do atendimento nos postos de saúde, além do aumento do número de unidades de diagnóstico e prestadores de serviços de boa qualidade. “Muitas mortes prematuras podem ser evitadas apenas aplicando os cuidados básicos”, observou.Do I Encontro das Primeiras-Damas dos Municípios do Estado do Paraná também participaram a secretária estadual de Cultura, Vera Mussi, a mulher do vice-governador Orlando Pessuti, Regina Pessuti; a mulher do presidente da Assembléia Legislativa Nelson Justus, Nilva Justus; a presidente do Provopar de Curitiba, Fernanda Richa, e a ex-governadora Emília Belinati. A acolhida das participantes foi feita pela Associação Amigas da Mama.