Programa "Fala Deputado", da Rádio Assembleia, deu mesmo o que falar em 2015 Programa trouxe belas e emocionantes histórias contadas pelos deputados, revelando aspectos curiosos e pouco conhecidos de suas biografias.

05/01/2016 08h35 | por Cláudia Ribeiro

Créditos: Dálie Felberg/Alep



Foram treze programas com parlamentares dos mais diferentes partidos, regiões, estilos, crenças... que falaram sobre política, claro, mas que também puderam mostrar a sua “outra face”, bem além do Plenário. Tornaram possível conhecer histórias de vida, curiosidades e façanhas destes homens e mulheres eleitos para representar a população paranaense.  

O programa, que pode ser acessado no site da Assembleia sempre às quintas-feiras e é enviado às mais de 400 emissoras de rádio do Paraná, foi também revelador. Guto Silva (PSC), quem diria, já rodou o mundo e, bem antes de ser eleito deputado, passou por outro pleito lá fora e foi vencedor absoluto na categoria de “Melhor Garçom”. “Eu morava na Inglaterra. Queria muito aprender inglês. Então estudava de manhã e era garçom no período da tarde. Foi uma época maravilhosa”, contou.

E as curiosidades não pararam por aí. Só quem convive com o entrevistado de estreia do programa, o presidente Ademar Traiano (PSDB), sabe que ele é um dos primeiros a chegar à Assembleia toda manhã e um dos últimos a sair. É conhecido pela pontualidade. “Essa é a minha marca. Quem trabalha comigo sabe que exerço meu mandato como um sacerdócio a serviço da população”, disse, durante o bate papo.

Indagado sobre o que faria se não fosse político, Plauto Miró (DEM), o 1º Secretário, respondeu de imediato: agricultor. “Eu gosto muito do campo, de colocar a mão na terra”, revelou. Hussein Bakri (PSC) trouxe descontração ao “Fala Deputado”. Fez imitações, disse que se considera um sobrevivente. Pura verdade. Já sofreu cinco acidentes de carro. Falou ainda de como se sente na Assembleia. “Quando fui vereador e depois prefeito em União da Vitória, eu demorei para me acostumar. Aqui, desde o primeiro dia, parece que estou em casa. É muito bom”, avaliou.

De geração em geração – Quem também está muito à vontade no Legislativo é Requião Filho (PMDB). Nem é preciso dizer que ele é filho do ex-governador, hoje senador, Roberto Requião. De voz grave, como o pai, durante a entrevista à Rádio Assembleia confessou ser tímido. Em compensação, demonstrou que é um pai dos mais corujas. “Meus gêmeos Mateus e Marcelo me dão toda a paz que preciso. Adoro estar com eles. Se não estou por aqui, com certeza, estou ao lado dessa dupla que chegou há apenas alguns meses e mudou a nossa vida”.

Assim como Requião, outros parlamentares que “não negam a raça” e estão seguindo o exemplo dos pais na política,  já passaram pelo programa.  Pedro Lupion (DEM), filho de ex-deputado federal Abelardo Lupion, contou que não poderia ter outra trajetória, porque cresceu respirando política e foi preparado para atuar na vida pública.  “Desde muito pequeno eu participava de tudo. Em casa, em Brasília... Tanto que exatamente no dia em que completei 16 anos fiz meu título eleitoral”, relembrou. Com Felipe Francischini (SD) foi um pouco diferente, porque ele é quem incentivou o pai, o deputado federal Fernando Francischini, a entrar para a política. “Eu achava que ele tinha perfil para a política. Por isso o estimulei”, contou na entrevista. Mas Felipe revelou também que sempre sonhou em fazer leis. “Eu não sabia se seria como deputado, vereador. Eu queria legislar, não importava de que maneira”.

Quem também chegou cedo ao Parlamento foi um dos primeiros entrevistados do programa, Tião Medeiros (PTB).  Ele não é parente de político, mas frequenta a Assembleia desde os tempos de estudante de Direito, como estagiário da Comissão de Constituição e Justiça e, mais tarde, como assessor jurídico. “Quando eu trabalhava na CCJ jamais imaginei que pudesse um dia estar entre os deputados integrantes da Comissão”, disse na entrevista o “Tiãozinho”, como é chamado pelos deputados. 

Fora do Plenário esses rapazes levam uma vida “normal”, como qualquer jovem. Alguns já são pais de família, gostam de música, de estar com os amigos; e disseram ainda “estarem se adaptando” às formalidades da vida pública. “Acho estranho quando me chamam de “senhor”, “excelência”, foi o que mais de um deles mencionou durante o programa.  E que bom que o público do “Fala Deputado” acabou conhecendo-os assim, dessa forma “informal”.                                    

Fé e política – Os parlamentares da Casa ligados a igrejas formam um grupo forte. Alguns deles participaram do “Fala Deputado” este ano e ajudaram a fazer do programa o sucesso que foi. Cláudia Pereira (PSC) trouxe a religiosidade para a entrevista, contando que a entrada para a política foi uma permissão de Deus. “Minha igreja é contra os membros participarem de política. Por isso, pensei muito antes de me candidatar. Mas foi justamente durante um culto que a palavra de Deus falou ao meu coração para eu aceitar esse desafio”, revelou.  Mara Lima (PSDB) é cantora de música evangélica e se apresenta em todo o país. Popularidade que levou a artista primeiro para a Câmara Municipal de Curitiba e, depois, para o Legislativo Estadual. Ela falou da conversão, aos 17 anos, relembrou com emoção o início difícil na carreira musical e a infância marcada pela violência doméstica, o que fez com que a parlamentar quisesse atuar em favor das mulheres. “Meu pai me batia muito e, aos poucos, fui aprendendo que qualquer forma de violência é crime e que nós, mulheres, não precisamos passar por isso”, destacou.

Outro parlamentar movido pela fé, Evandro Araújo (PSC) contou na entrevista que também se converteu bem jovem e faz parte do movimento católico “Renovação Carismática”. “Para mim, o mandato político é uma das vias mais sublimes de fazer caridade, no sentido de impactar a vida das pessoas”, comparou. Neste grupo se integra também o deputado Cláudio Palozi, que emocionou o público ao passar pelo “Fala Deputado”. Contou que nem bem assumiu o seu cargo já viveu um drama na vida pessoal: a perda de um dos filhos em um acidente de carro.  “Eu tento não pensar para não ficar triste, mas é muito difícil. O trabalho aqui na Assembleia é um refúgio”, disse.  Mas Palozi também mostrou humildade, mesmo quando foi perguntado sobre o que o levou a receber tantos prêmios como prefeito de um município pequeno do interior do Paraná. “Graças a Deus fizemos um bom trabalho, mas essa é a obrigação de um gestor, não é?”, indagou. 

E o rádio influenciou o deputado Wilmar Reichembach (PSC) a entrar para a vida pública. Ele disse que foi pelo rádio que teve o primeiro contato com a política. “Eu costumava ouvir a contagem dos votos, que, naquela época, durava muitos dias. Então passei a gostar de ouvir e me interessei pelo assunto”, relembrou.  

O “Fala Deputado” vai ouvir, ao longo de 2016, os outros deputados que compõem esse Parlamento. Aguarde!

 

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