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Projeto de lei visa garantir certidões em Braille para pessoas com deficiência visual no Paraná

Proposta foi apresentada pelo deputado Delegado Tito Barichello (União).

Deputado Tito Barichello (União).
Deputado Tito Barichello (União). Créditos: Valdir Amaral/Alep

O deputado estadual Delegado Tito Barichello (União) apresentou na Assembleia Legislativa do Paraná um projeto de lei que assegura às pessoas com deficiência visual o direito de receber certidões de registro civil e de imóveis confeccionadas no Sistema de Leitura Braille em todo o Estado. A proposta visa ampliar a acessibilidade, fortalecer a inclusão social e garantir condições igualitárias no acesso a informações essenciais.

Pelo texto, cartórios de registro civil e de imóveis deverão disponibilizar documentos como certidões de nascimento, casamento, óbito, matrículas de imóveis, averbações, doações, usufruto, sentenças de separação e divórcio, entre outros, todos em versão Braille quando solicitados por pessoas com cegueira, baixa visão ou restrição do campo visual, mediante laudo médico. O PL também determina que os cartórios informem aos usuários sobre a existência do serviço e proíbe qualquer acréscimo no valor cobrado a título de emolumentos.

O deputado destaca que o acesso pleno à informação é um direito constitucional e condição essencial para o exercício da cidadania. A iniciativa está alinhada à Constituição Federal, ao Código de Defesa do Consumidor, à Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência e à legislação sobre acessibilidade, que determinam ao poder público a adoção de medidas que garantam atendimento igualitário e sem barreiras comunicacionais.

Segundo Barichello, a medida é mais um passo rumo a um Paraná verdadeiramente inclusivo. “Estamos falando de um direito básico: o acesso à informação. Uma certidão pode representar a chave para um emprego, para um benefício, para a regularização de um imóvel ou para a defesa de um direito. Não é admissível que uma pessoa com deficiência visual enfrente obstáculos para ler seus próprios documentos. Este projeto garante dignidade, autonomia e respeito”, afirmou o parlamentar.

O projeto prevê ainda que o Poder Executivo poderá regulamentar a lei após sua aprovação, garantindo a padronização e o cumprimento integral da norma.

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