Para Editoria de PolíticaDistribuído em 04/07/05Jornalista: Flávia PrazeresRATINHO JUNIOR QUER PARANÁ LIDERANDO COMBATE À ARMA DE FOGO A realidade é assustadora. São 38 mil mortes por ano, 105 por dia, ou seja, a cada 15 minutos uma morte no país por arma de fogo. São estes números que levaram o deputado Ratinho Junior (PPS) a defender veemente o desarmamento no Paraná. Neste sentido, o parlamentar aprovou uma lei que concede a policiais e cidadãos um bônus pecuniário, por cada arma apreendida. Desta forma, o militar e civil recebe a quantia de R$ 100,00 a cada arma apreendida, e o mesmo acontece com a pessoa que devolve uma arma aos órgãos competentes. Agora, Ratinho Junior espera que o Paraná saia na frente na questão do referendo, uma consulta à população sobre a proibição ou não de venda de armas no Brasil. A população terá que responder se o comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido, mesmo que para legítima defesa ou do patrimônio pessoal, como permite a legislação atual. A razão da consulta à opinião pública é que as armas apreendidas pela polícia muitas vezes foram adquiridas de forma legal, mas acabaram nas mãos de bandidos. Apenas em São Paulo, em cinco anos, mais de 70 mil armas registradas foram roubadas. “Proibir a venda de armas no país, traria um efeito significativo na queda do número de armas nas mãos de criminosos. Não podemos ficar inertes, vendo vidas sendo ceifadas diariamente”, ressaltou Ratinho Jr. O parlamentar ainda falou que o projeto de lei de sua autoria, que desarma a população, pretende acabar com os crimes de natureza fútil, “motivados por uma discussão, seja entre vizinhos ou de trânsito”, exemplifica. Em São Paulo, quase 60% dos homicídios são cometidos por pessoas sem histórico criminal e por motivos fúteis. “Além do grande número de vítimas, a violência consome 10,5% do produto interno bruto (PIB) na América Latina”, afirma o deputado.Proibição no estrangeiro “Em outros países o uso da arma de fogo, por parte da população, já é proibido. O Japão foi o pioneiro nesta iniciativa. Desde 1945 proibiu a população de comprar e usar armas”, diz o deputado. Mesmo com uma população de 130 milhões de habitantes, apenas a polícia tem esta prerrogativa, lembra ele.