Requião Vota Nas Prévias do Pmdb e Reforça Críticas à Política Econômica

20/03/2006 10h00 | por Zé Beto Maciel
O governador do Paraná, Roberto Requião, reforçou as críticas ao atual modelo econômico, adotado pelo governo federal, e defendeu a redução das taxas de juros e do superávit primário ao votar neste domingo (19) nas prévias que escolherá o candidato do PMDB à presidência da República. Com direito a seis votos na consulta, Requião votou cinco vezes em Germano Rigotto e uma vez em Anthony Garotinho – os dois pré-candidatos que disputam a indicação do partido às eleições de 1º de outubro. “O Germano Rigotto é o melhor candidato, mas o Garotinho merece um voto pela sua disposição na disputa”, disse Requião.Antes de votar, Requião conversou com os dois mil convencionais peemedebistas no Paraná Clube – local das prévias. “O modelo econômico pretende pautar as eleições presidenciais. Esse modelo estrangula o crescimento e inviabiliza o país como uma nação. São esses juros altos que privilegiam o rentismo, os 20 mil correntistas, os bancos com lucros de R$ 5, 6 bilhões e esse superávit primário, de R$ 145 bilhões, dos quais 80% são para pagamentos de juros para essas 20 mil famílias, e enquanto isso os programas sociais recebem somente R$ 7 bilhões”, disse Requião.O governador lembrou ainda que o Paraná vem sofrendo retaliações do governo federal. “A Secretaria do Tesouro Nacional está multando o Paraná em R$ 7,5 milhões por mês, porque não pagamos os títulos podres da venda do Banestado que já haviam sido pagos no governo anterior. Isso é um absurdo. Nós temos sentença judicial determinando ao Estado que não pague, suspendendo a execução. A Secretaria do Tesouro já nos cortou, em seis meses, R$ 39 milhões”, disse.Interferência - Requião sustentou que a vigência do atual modelo econômico está interferindo até nas prévias do PMDB. “É uma interferência de fora para dentro e é inadmissível, mas não é a primeira vez que acontece no PMDB”, disse sobre as tentativas dos ‘peemedebistas governistas’ de impedir as prévias e a definição de candidatura própria do partido.Requião disse que a liminar do ministro Edson Vidigal, do Superior Tribunal de Justiça, “é uma decisão ridícula e absurda”. “Me perdoe o ministro Vidigal, essa decisão é sem pé nem cabeça, parte do princípio que os partidos estariam fechados hoje (domingo, 19) pela manhã. Vocês vejam como está isto daqui, vivo, o pessoal quer participar, o PMDB quer candidato à presidência”.As prévias do PMDB, segundo Requião, são legítimas. “Ilegítima é a medida judicial. Agora não é a primeira vez que isto acontece. Quando eu pretendi ser candidato a presidência da República (em 2002), o PMDB fez a mesma coisa comigo. Só que os papéis se inverteram, hoje estou aqui apoiando o Rio Grande do Sul, o Rigotto me parece o melhor candidato do PMDB, mas o Rio Grande não apareceu para votar na convenção em que eu participei”, cobrou Requião. “Acho que isso faz parte do aprendizado. Quando a gente admite uma violência dentro do partido, estamos admitindo o prosseguimento da violência, sem sombra de dúvida, hoje uma violência. Me perdoe o ministro Edson Vidigal, a sua sentença não é jurídica, é ridícula, mas o PMDB parece que esperava por isso e se comportou assim também em vezes anteriores”, completou.O vice-governador Orlando Pessuti, secretário da Agricultura, também reprovou o comportamento do judiciário. “As previas estão previstas nos estatutos do partido, foi decidida numa convenção é não é porque um outro que quer impedi-las, que a justiça vem agora a atrapalhar o nosso partido. Eu lamento, mas se for em forma de prévia ou de uma consulta, nós teremos as informações que precisamos hoje colhidas junta a todos os nossos delegados peemedebistas do Brasil”, disse.Zé Beto MacielLiderança do GovernoAssembléia Legislativa do Paraná41-33504191/45-91038177h2foz@hotrmail.com - zbm@fnn.net

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