Romanelli: Professoras Mobilizaram População de Jacarezinho Contra o Abuso do Pedágio

04/03/2008 17h08 | por Zé Beto Maciel / Luiz Filho / Daniel Abreu / h2foz@hotmail.com - contato@luizromanelli.com.br / www.luizromanelli.com.br / MATÉRIA DE RESPONSABILIDADE
O líder do governo na Assembléia Legislativa, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), destacou nesta segunda-feira (03), o trabalho voluntário das professoras Ana Lúcia Pereira Baccon e Elza Felipe. “Esse é um exemplo de como a nossa sociedade pode ajudar para acabarmos com esse abuso no nosso estado. Obrigado pelo empenho e pela determinação para termos justiça no Paraná.”, declarou Romanelli. Para as professoras, a sentença que suspendeu a cobrança do pedágio em uma praça na região Norte fortalece a luta pela redução das tarifas praticadas nas outras 25 praças no Paraná. “Existem no Paraná outros casos que passam por um problema parecido com o nosso”, disse a professora Ana Lúcia, coordenadora do Movimento Fim do Pedágio em Jacarezinho. “Descobrimos que a concessionária do pedágio mudou o lugar da praça sem concorrência e sem licitação. Além disso, no nosso caso, a praça de pedágio estava separando um bairro do município do centro da cidade”, disse a professora Elza Felipe. Ana Lúcia e Elza Felipe integram a diretoria do núcleo regional da APP-Sindicato dos Professores Estaduais de Jacarezinho e foram convidadas para comparecer na Assembléia Legislativa pelo deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), líder do Governo. “Elas são exemplos da mobilização popular e mostraram como é possível, pelos meios legais, conseguir fazer justiça em relação a esses abusos que estão sendo praticados no Paraná pelas seis concessionárias de pedágio”. As duas professoras estavam acompanhadas pelo coordenador do Fórum Popular Contra o Pedágio, Acir Mezzadri; pelo coordenador da Frente Ampla pelos Avanços Sociais, Doático Santos; e pelo presidente da Associação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Prestadores de Serviço do Litoral (Assindilitoral), José Carlos Chicarelli. A luta de Ana Lúcia e Elza Felipe foi cumprimentada pelos deputados Augustinho Zuchhi (PDT), Professor Luizão (PT), Carlos Simões (PR) e Luiz Eduardo Cheida (PMDB). Segundo Elza Felipe, a decisão do juiz federal Mauro Spalding serve para todas as pessoas e movimentos que enfrentam o problema do pedágio. Ela afirmou que “o povo unido e organizado, que sabe o que quer, pode obter os mesmos resultados. Chegamos a esse resultado sem nenhum recurso financeiro, mas com muito esforço, muita luta e muita vontade”. As duas professoras viajam nesta terça-feira (4) a Porto Alegre (RS). Elas querem conversar com os desembargadores do Tribunal Regional Federal para que mantenham a decisão de Spalding. “Este é um fato histórico, uma decisão a favor da comunidade, a favor do povo. Pode servir de precedente para outros lugares e para que outros grupos se fortaleçam e percebam que vale a pena lutar”, ressaltou Ana Lúcia. Em relação a decisão do juiz Spalding, a professora disse que o movimento contra o pedágio começou no dia 28 de março de 2007 quando se começou a coletar as assinaturas para um abaixo-assinado em favor de professores que tinham de pagar pedágio para ir trabalhar. “A concessionária Econorte entrou então com interdito proibitório contra mim e mais duas professoras”, lembrou Ana Lúcia. “A partir desse interdito, começamos a pedir documentos via DER/PR (Departamento de Estradas de Rodagem) e descobrimos que havia suspeita de ilegalidade na praça do pedágio. Fizemos um pedido de providências e o encaminhamos ao prefeito, aos vereadores, à Procuradoria Geral do Estado. E também ao Ministério Público Estadual e Federal. O MPF atendeu prontamente o nosso pedido e deu origem à ação civil pública, que acabou na vitória que ocorreu na sexta-feira passada”, explicou Ana Lúcia. LITORAL - O presidente do Assindilitoral, José Carlos Chicarelli, afirmou que o movimento criado pela população Jacarezinho abre espaço para que outras entidades movam outras ações contra as praças de pedágio questionando desde a localização até a ilegalidade da cobrança da tarifa. “Conclamamos vereadores e pessoas interessadas do litoral a estudarem os meios para derrubar definitivamente a praça de pedágio da Ecovia, que cobra a tarifa de pedágio mais cara do país”, disse Chicarelli. “Esse pedágio está atrapalhando muito o litoral. O seu preço é exorbitante, superando uma diária de hotel de uma família e o preço de uma refeição de restaurante”, denunciou. De acordo com Chicarelli, “muitas pessoas deixam de descer ao litoral por causa da localização da praça de pedágio da Ecovia e devido à distância muito pequena. Temos entre Curitiba e Paranaguá um pedágio dez vezes maior que outras praças de pedágio que estão sendo instaladas em outras estradas federais no Paraná”.

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