Direitos Humanos O deputado José Domingos Scarpellini (PSB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Paraná, cobrou ontem do Ministério do Meio Ambiente uma solução urgente para o impasse criado com a ocupação, na semana passada, das ilhas do Parque Nacional de Ilha Grande, por cerca de 200 famílias que tentam chamar a atenção para a situação de calamidade social que vivem com a demora do pagamento das indenizações. Ele vai aproveitar a presença da ministra Marina Silva e do presidente do IBAMA Marcos Barros que participam da 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, que acontece em Curitiba, para tentar uma solução definitiva e um cronograma de ações concretas para negociar com os ilhéus a desocupação das ilhas. O deputado que esteve reunido esta semana com as mais de duzentas famílias acampadas na Ilha Bandeirante, para negociar o fim do movimento, afirmou ontem que a situação dos ilhéus é dramática e lembra muito as situações dos escravos que morriam de “banzo”, uma doença comparada com a melancolia, a tristeza e a amargura, hoje chamada como depressão. É possível afirmar que aquelas mães foram “acometidas de banzo”. Enquanto isso, a União não consegue uma metologia de avaliação para indenizar essas famílias. Ele voltou a apelar para o senso de humanismo da ministra Marina Silva argumentando que a questão agora é social e não jurídica. “Quando nós debatemos o meio ambiente, o respeito à natureza, temos que respeitar esse animal chamado homem, para que não mora de “banzo”, como os índios ava-guaranis”, concluiu Scarpellini. Osni Calixto041.3350.4072