06/04/2005 17h27 | por Osni Calixto
DIREITOS HUMANOS:SECRETÁRIO COMPARECE NA COMISSÃOPARA DEBATER SISTEMA PRISIONAL.O secretário Luiz Fernando Delazari, de Segurança Pública, esteve nesta quarta-feira (06) na Assembléia Legislativa, atendendo convocação da Comissão de Direitos Humanos, para debater o sistema prisional e concordou que a superlotação é o mais grave problema, hoje, do Paraná. Ele respondeu também sobre alimentação e prisão de menores em situação inadequada. Para o deputado José Domingos Scarpellini, a audiência foi bastante proveitosa porque levantou o debate sobre os problemas, mas considerou estranho que o secretário repasse 7 reais/dia para alimentação dos presos da capital e apenas 2 reais para o interior. “ É como se os presos da capital comessem duas quentinhas de de 3,5 reais e os do interior duas friinhas de um real cada”, comentou Scarpellini contestou também a resposta do secretário em relação à prisão de menores, afirmando que a responsabilidade pelo menor é do Estado. Delazari disse que a responsabilidade era do Ministério Público e da Justiça e que o problema de superlotação nos presídios é da Secretaria de Justiça., mas, que em trinta dias deverão estar disponíveis celas modulares Shelter, os chamados containeres, com capacidade para 12 presos, para resolver temporariamente o caso de superlotação. Participando da audiência como convidado, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Dr. Cleverson Teixeira Marinho, elogiou a iniciativa dizendo que o debate demonstra a importância do tema porque “existe o problema e é de responsabilidade do Estado”, referindo-se a superlotação. Ele disse que o sistema é perverso e não ressocializa ninguém e afirmou ainda que “estamos criando homens bombas”.Ao final, ficou definida a criação de uma comissão paritária com membros dos três poderes e da sociedade civil para uma visita a Paranaguá, para verificar, in loco, a grave situação daquela delegacia. Deverão participar os secretários de segurança e da justiça, o corregedor de justiça, deputados estaduais e federais, e representantes da OAB e da sociedade civil organizada. A senhora Kátia Zilli, que participou da audiência, foi convidada como ativista de direitos humanos e aceitou integrar a comitiva, que deverá ir na próxima semana a Paranaguá. Osni Calixto: 350-4072/