O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, anunciou nesta quarta-feira (2) a criação de um comitê de governança para a área de Tecnologia da Informação. O grupo de trabalho será formado por representantes da Secretaria de Estado do Planejamento, da Assembleia Legislativa, das universidades estaduais, das entidades representativas do setor e da própria Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
O anúncio foi feito durante audiência pública promovida na Assembleia Legislativa para debater ações prioritárias para o setor de Tecnologia da Informação do Estado. O evento foi proposto pelo deputado Guto Silva (PSC), em parceria com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação, Software e Internet no Paraná (Assespro-Pr) e a Rede Paranaense de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais de Tecnologia da Informação (Rede APL-PR). “O intuito é criarmos políticas de governo para esse segmento no estado do Paraná, através de editais específicos, programas e projetos. Esta é uma área muito importante para o desenvolvimento de todo o país e também do nosso estado”, afirmou Gomes.
Ambiente – Para o deputado Guto Silva, o Paraná precisa trabalhar para criar o ambiente certo para o desenvolvimento do segmento de Tecnologia da Informação. “Trata-se de um setor extremamente forte, pujante e próspero. O que nós precisamos é criar o ambiente mais favorável para o setor. Mas como é que se desenvolve esse ambiente? Com crédito barato, com sistema tributário interessante e atraente, com contínua capacitação e o envolvimento do Estado. Não há desenvolvimento tecnológico onde não haja uma interação profunda entre a academia, o Estado e os empresários”, ressaltou o parlamentar.
Demandas – De acordo com o presidente da Assespro-PR, Sandro Moles Silva, o setor de Tecnologia da Informação do Paraná necessita, primordialmente, de incentivos na área de infraestrutura e na área tributária. “Hoje a Copel tem a melhor internet de fibra ótica do Brasil. Por que não buscar incentivos para que empresas de base tecnológica possam ter acesso a essa ferramenta? Também temos proposta de criação de um ICMS Tecnológico, no qual uma parte do imposto pago por toda a cadeia produtiva do estado ficaria retida num fundo. Os recursos desse fundo seriam reinvestidos nas empresas de tecnologia, que por sua vez, dariam o retorno à cadeia produtiva com inovações tecnológicas”, sugeriu.
Também participaram da audiência pública na Assembleia o deputado Evandro Araújo (PSC) e representantes da Fomento Paraná, da Celepar, Fecomércio, Sebrae e Instituto Curitiba de Informática (ICI).
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