12/03/2008 17h41 | por Rafaela Dorigo / 41 3350-4096 - 9165-6151 / www.traiano.com.br / MATÉRIA DE RESPONSABILIDADE DO GABINETE DO DEPUTADO ADEMAR TRAIANO
O uso de verbas públicas para custear viagens do Secretário de Estado da Comunicação, Airton Pissetti ao Paraguai, foi questionado pela oposição na manhã desta terça-feira (11), na Sala das Comissões da Assembléia Legislativa. A sabatina foi presidida pelo deputado Marcelo Rangel, da Comissão de Comunicação da Casa, que iniciou a reunião afirmando que considerou ato de desrespeito com o Legislativo as três recusas anteriores do secretário à Casa, para responder aos questionamentos dos parlamentares. A reunião foi marcada pelo tumulto provocado pelos deputados governistas, obstruindo o andamento das atividades. O requerimento solicitando a presença de Pissetti para esclarecimentos foi proposto pela oposição, encabeçada pelos deputados Valdir Rossoni e Ademar Traiano, ambos do PSDB. “Há um histórico de dúvidas entre oposição e secretarias estaduais. Hoje pretendemos esclarecer se as viagens de Pissetti ao Paraguai para coordenar a campanha política do bispo Fernando Lugo, foram pagas com cartão corporativo”, disse Rossoni. De acordo com o Estatuto do Servidor Público, nenhum secretário pode se ausentar do País sem autorização do Executivo, mesmo que em viagem particular, podendo ser exonerado do cargo. Foram 11 viagens desde setembro do ano passado. Devem ser analisados comprovantes de gastos com cartões corporativos, saques indevidos, compra de passagens aéreas e diárias em hotéis, ligações telefônicas e horário de expediente. Segundo parlamentares durante a sabatina, pode ter sido enviado cerca de US$ 3 bilhões do governo do Estado para a campanha no Paraguai, “o que pode ser decisivo nos resultados”. Em nome da transparência, os deputados de oposição propuseram que Pissetti assinasse autorização para a quebra de sigilo bancário e telefônico, não sendo aceito pelo secretário. O líder do PSDB, Ademar Traiano, ressaltou a necessidade de esclarecer tudo o que há muito tempo vem sendo discutido em nível estadual e traz dúvidas à população e aos parlamentares. “O governador cometeu crime de prevaricação ao estar ciente das irregularidades, das idas de Pissetti ao Paraguai, dos gastos do cartão corporativo e não o demitiu. O secretário deveria, ao menos, responder àquilo que lhe é questionado, independentemente de ter trazido documentos, ou não”. Ele e Rossoni foram os primeiros a se retirar da reunião, devido aos tumultos e à impossibilidade da continuidade dos questionamentos, causados pelos deputados governistas. (Foto – Mano Pedralli)