Sem Fidelidade, a Reforma Política Não Existe

07/08/2007 11h36 | por Ronildo Pimentel / (41) 3350-4156 - 9188-8956 / ronipimentel@hotmail.com / imprensa@lideranca.pmdb-pr.org.br / www.waldyrpugliesi.com.br / www.lideran
(*) Waldyr PuygliesiAs mudanças do sistema político-partidário brasileiro, que estão atualmente em análise no Congresso Nacional, não terão o menor sentido caso não prevaleça à fidelidade partidária. De nada vai adiantar discutir e implantar mudanças como o financiamento público de campanha, do sistema eleitoral com a adoção de listas ou votos distritais, se não for introduzido um dispositivo determinando que os políticos mantenham-se fieis aos partidos pelos quais foram eleitos.Se persistir o sistema como está hoje, vamos continuar vendo este interminável troca-troca de partidos em todas as esferas públicas. Os nossos congressistas, deputados federais e senadores, precisam referendar a posição dos magistrados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que na última semana se posicionaram favoráveis à fidelidade partidária. É a segunda vez este ano que o órgão se manifesta por esta linha de conduta.O desgaste que vive hoje a classe política, junto à população, é em parte a falta de compromisso dos políticos com os partidos pelos quais se elegeram. Uma prática que nos últimos anos se tornou corriqueira é o chamado “Balcão de Negócios” do Congresso, onde os políticos trocam de partido como se troca de roupa. Por estes e outros acontecimentos a reforma política precisa, antes de qualquer coisa, criar um mecanismo que impeça este tipo de prática.Como exemplo, cito minha história política e a de muitos companheiros, que ajudaram a criar o MDB velho de guerra, lá nos anos de 1960 e permanecem fiéis ao partido ainda hoje, mais de 40 anos depois. Esta possibilidade de trocar de partido indistintamente abre margem para pessoas inescrupulosas, que usam apenas a legenda para se eleger e depois esquecem qualquer compromisso ideológico.Dentro desta avaliação, destaco finalmente que os partidos também têm uma parcela de culpa ao aceitarem para suas fileiras políticos não identificados com sua história, com seu ideário e com seu estatuto. Concluo este artigo conclamando nossos legisladores responsáveis pela reforma política para que não deixem de incluir no texto que o mandato deve pertencer ao partido.* Waldyr Pugliesi está em seu nono mandato eleito pelo MDB e PMDB e atualmente é o líder do partido na Assembléia Legislativa do Paraná.

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