Londrina pode ter um crematório de animais para incineração e destinação adequada de corpos. Empresários interessados no negócio reuniram-se dias atrás com o deputado Tercílio Turini (MD), que os levou até o prefeito Alexandre Kireeff para conversar sobre a possibilidade de cessão de área na zona rural do município.
Inicialmente a intenção é instalar crematório para pequenos animais e depois para grandes. “Muitos cachorros e gatos que morrem nas ruas são enterrados em qualquer terreno baldio e às vezes até encaminhados para o aterro. É um risco para a saúde e também para o meio ambiente”, comenta o deputado, lembrando que a cidade não tem cemitério de animais.
Atualmente no Paraná funciona apenas um crematório, na Região Metropolitana de Curitiba. A instalação de uma unidade em Londrina pode atender demanda regional, recebendo animais mortos de diversos municípios, que também enfrentam problemas para dar destinação correta aos corpos e carcaças.
Segundo Turini, os empresários se comprometeram a iniciar contatos com órgãos ambientais e sanitários para levantar questões técnicas e dar entrada nos pedidos de licença de operação. O deputado informa que o prefeito apoia a iniciativa empresarial e sinalizou com a possibilidade de viabilizar um terreno no ano que vem.
O presidente do SOS Vida Animal, Milton Pavan, confirma a necessidade de um crematório em Londrina e é favorável a sua instalação. “Apoiamos a ideia. É importante do ponto de vista ambiental, além de evitar o abandono de animais mortos em qualquer lugar”, diz. O diretor do Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina, professor Ney Carlos Reichert Netto, explica que a cremação é importante sob os aspectos técnico, de higiene, de saúde pública e ambiental. “É a maneira mais correta de destinação dos corpos. Animais que morrem por moléstias infecciosas, por exemplo, representam risco se enterrados em qualquer terreno”, alerta.