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Audiência Pública trata do apadrinhamento afetivo e certifica parceiros da CRIAI

Dados apresentados indicam que há hoje mais de cinco mil crianças disponíveis para adoção no Brasil.

Por iniciativa da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente, do Idoso e da Pessoa com Deficiência (CRIAI), a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) sediou na manhã desta quarta-feira (22) audiência pública sobre adoção e apadrinhamento afetivo. O evento, presidido pelo deputado Cobra Repórter (PSD), aconteceu dentro da programação da Semana Estadual da Adoção. Na ocasião, foram entregues ceriticados de parceiros da CRIAI à representantes dos setores públicos, não governamental e privado que desenvolvem ações em favor da Infância e da Juventude.

O promotor da Infância e Juventude da comarca de Araucária, David Kerber de Aguiar, e a promotora da 2ª Promotoria de Crianças e Adolescentes de Curitiba, Mariana Seifert Bazzo, dividiram a tribuna para explicar como funciona o programa de Apadrinhamento Afetivo, as suas modalidades e a importância de seus efeitos sobre a vida de crianças e adolescentes que se encontram nas casas de acolhimento, em especial aqueles com mais de 10 anos de idade. Conforme dados citados por eles e oriundos do Conselho Nacional de Justiça, há hoje mais de cinco mil crianças disponíveis para adoção no Brasil e mais de 42 mil pessoas cadastradas para adotar, perfazendo uma proporção de 8,4 pretendentes a adotivos por criança.

Adoção tardia -A grande maioria, porém, se mostra disposta a adotar crianças mais novas, até cinco anos de idade. Quanto maior a idade da criança e do adolescente, menor o número de interessados em trazê-los para dentro da família. Daí a importância da conscientização da sociedade para o tema da chamada adoção tardia e para programas como esse, do apadrinhamento afetivo, voltado para crianças e adolescentes que vivem em situação de acolhimento ou em famílias acolhedoras, com o objetivo de promover vínculos afetivos seguros e duradouros entre eles e as pessoas da comunidade que se dispõem a ser padrinhos e madrinhas, oferecendo apoio afetivo, financeiro ou profissional.

Tanto o promotor David Kerber quanto a promotora Mariana Seifert Bazzo enalteceram a iniciativa da Assembleia Legislativa de abrir espaço para a discussão de tema tão relevante, contribuindo para dar visibilidade ao problema e às ações que podem efetivamente minora-lo. Segundo eles, o apadrinhamento, em qualquer de suas modalidades, pode ajudar a dar um futuro às crianças e adolescentes em situação de risco. Elencaram iniciativas de sucesso, como o Projeto Adote, do Tribunal de Justiça do Paraná, o Adote um Boa Noite, de São Paulo e o Projeto Encontro, também paranaense.

Visibilidade – O sucesso desses programas depende da visibilidade e da interação entre as crianças e adolescentes acolhidos e as pessoas dispostas a ajuda-los. É nesse momento que as afinidades e os vínculos afetivos podem vir à tona e produzir transformações importantes para todos os envolvidos e para a sociedade como um todo. Ao longo da audiência foram exibidos vários vídeos com relatos de pessoas que vivem ou viveram essa experiência, entre eles Rodolfo Monteiro de Souza, que, com a ajuda de um padrinho, formou-se em Direito e hoje dirige a Chácara Pinheiro, voltada ao atendimento de crianças carentes.

Entre os depoimentos destacaram-se os feitos pessoalmente pelo arquiteto Luiz Maganhoto e seu companheiro Daniel Casagrande, pais adotivos de um casal de crianças. Eles estavam entre os homenageados pela CRIAI, junto com representantes dos setores públicos, não governamental e privado que desenvolvem ações em favor da Infância e da Juventude. O Clube Atlético Paranaense foi um dos certificados pela comissão em razão de sua condição de “padrinho torcedor”.

Participaram do evento realizado pela Assembleia a deputada Cantora Mara Lima (PSC), vice-presidente da CRIAI, Letícia Comim, representando o governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), o defensor público geral do Paraná, Eduardo Abraão, o desembargador Rui Muggiati, representando o Tribunal de Justiça, a promotora Luciana Linero, representando o Ministério Público, o comandante geral da Policia Militar, coronel Péricles de Mattos, representando o secretário de Segurança Pública general Luiz Felipe Carbonell, além dos deputados Alexandre Amaro (PRB), Subtenente Everton (PSL), Delegado Jacovós (PR), Gilson de Souza (PSC) e Evandro Araújo (PSC).

 

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