Pastores e líderes religiosos de igrejas evangélicas de Curitiba e região reunidos para celebrar os 500 anos da Reforma Protestante, no Plenário da Assembleia Legislativa. Uma sessão solene marcou a data no Poder Legislativo, que aprovou também uma lei paranaense para marcar a data. Ela é do deputado Gílson de Souza (PSC), que também foi o responsável por realizar o ato. Para ele, a Reforma serviu não apenas para que os cristãos evangélicos pudessem professar a fé, mas representou um avanço para a educação, já que poucos tinham acesso à Bíblia até então.
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No dia 31 de outubro de 1517, o monge alemão Martinho Lutero, se uniu a outros pensadores da Europa para denunciar os abusos que vinham sendo cometidos pela Igreja Católica à qual ele também pertencia. Por isso, em uma porta na entrada da igreja do castelo de Wittenberg, pregou seu grande manifesto: um documento com 95 afirmações com duras críticas à venda de indulgências pela Igreja Católica. Religiosos da época concediam o perdão divino em troca de dinheiro ou de bens dos fiéis. Pessoas que queriam pagar por seus pecados aqui na terra pensando que, assim, garantiriam a entrada no reino dos céus. Mas Lutero entendia que, de acordo com as escrituras, isso jamais seria possível. Nasciam assim as ideias que provocariam a maior divisão da história do cristianismo.
Um dos participantes da sessão solene, o pastor Jonas Eduardo Lindner, da Igreja Luterana do Brasil, afirma que a salvação só existe com uma experiência pura de fé em Cristo e lembra cinco os pilares da Reforma:
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Por causa do ato de Lutero, cinco décadas depois daquele 31 de outubro, a venda de perdão foi proibida pelo Vaticano. Voltando ao que se entendia serem as origens do cristianismo, surgiram as igrejas luteranas, presbiterianas e muitas outras denominações, que mais tarde chegariam também ao Brasil. Atualmente, segundo o IBGE, no Brasil, 22% da população é formada por evangélicos.
Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro.