Política para a saúde mental dos profissionais da segurança é cobrada por deputado

12/08/2020 16h20 | por Diretoria de Comunicação com assessoria parlamentar
Deputado Delegado Recalcatti (PSD).

Deputado Delegado Recalcatti (PSD).Créditos: Orlando Kissner/Alep

Deputado Delegado Recalcatti (PSD).

O deputado Delegado Recalcatti (PSD) voltou a cobrar do governo estadual a implantação de políticas públicas para a saúde mental dos profissionais da segurança pública do Paraná. Segundo ele, afora um reduzido número de psicólogos na Polícia Militar, não existe estrutura para esse tipo de atendimento em nenhum outro órgão das forças de segurança.

“É preciso uma intervenção imediata do Estado no sentido de criar um ambiente de trabalho melhor e mais saudável, com políticas públicas e estrutura de profissionais especialmente voltadas para policiais civis, policiais militares, bombeiros, servidores da Polícia Científica, policiais penais e agentes socioeducativos”, afirmou.

Segundo ele, existe uma forte expectativa para que o governo envie à Assembleia Legislativa do Paraná uma proposta de criação de uma Política Estadual de Saúde Mental, Qualidade de Vida e do Ambiente Organizacional voltada para os servidores da segurança pública. Uma minuta já estaria pronta na Casa Civil.

Em conversa nesta semana com o secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, Coronel Rômulo Marinho, o deputado tomou conhecimento da contratação, via Processo Seletivo Simplificado (PSS), de 57 psicólogos, 15 médicos especialistas em saúde mental e 13 assistentes sociais. “Seriam, então, contratados 85 profissionais PSS no total”, destacou.

Segundo o parlamentar, o atendimento psicológico é necessário para conter situações de estresse sofridas no cotidiano. “Estamos falando de um contingente de mais de 28 mil homens e mulheres que executam uma tarefa dificílima no seu dia a dia, sabendo que não terão a chance de um apoio psicológico dado pelo Estado em caso de alguma necessidade”, disse ele.

“Policiais são vistos como heróis, mas a verdade não é bem assim”, destacou. “A pressão do dia a dia, a falta de pessoal e condições de trabalho, as preocupações familiares, a exposição pública do seu trabalho nas ruas e, acima de tudo, o constante risco de morte são fatores que estão levando nossos policiais civis, militares, penais e servidores da Polícia Científica ao limite de sua saúde mental”.

O deputado disse que o mais preocupante tem sido o aumento dos suicídios entre policiais e demais profissionais da segurança. Segundo ele, a média geral da população brasileira tem sido de 5,5 casos por 100.000 habitantes. “Na Polícia Civil do Paraná, essa média chega a 64 casos ou 12 vezes a mais que a média brasileira”, disse. “E, na Polícia Militar, está em 45 casos a cada grupo de 100.000 habitantes”.

Ele lembrou que em 2017 foi aprovada uma lei que obrigava o exame psiquiátrico em policiais civis e militares da ativa. Ocorre que em 2018 a Procuradoria Geral do Estado moveu uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e o Tribunal de Justiça do Paraná derrubou a Lei.

 

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