Assembléia Homenageia Mulheres do Paraná

06/03/2006 18h50 | por Flávia Prazeres
Para Editoria de PolíticaDistribuído em 06/03/06Jornalista: Flávia PrazeresASSEMBLÉIA HOMENAGEIA MULHERES DO PARANÁA Assembléia Legislativa realizará nesta semana uma série de homenagens às mulheres, em virtude do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Nesta segunda-feira, os deputados deram início à semana comemorativa prestando homenagens às mulheres que se destacam no Estado nas áreas política, social ou cultural.O presidente da Casa, Hermas Brandão (PSDB), defendeu durante a sessão especial maior participação das mulheres na política, que segundo levantamento realizado em uma centena de países ainda apresenta números inferiores ao número de mulheres. No Paraná, por exemplo, são 10 milhões de paranaenses, dos quais mais de cinco milhões são mulheres. “Esses dados nos mostram o caminho a seguir: a mulher paranaense, a mulher brasileira deve participar mais da vida política colocando o seu nome à disposição da sociedade para o exercício de mandatos eletivos”, afirmou.Hermas ainda lembrou que nesta Legislatura houve um aumento de mulheres ocupando cadeiras na Assembléia Legislativa. Na anterior eram duas deputadas, enquanto atualmente o parlamento conta com quatro parlamentares. “Este acontecimento representa um marco histórico, afinal esta Legislatura conta com a maior participação feminina nos 151 anos do Legislativo”, reiterou Hermas.A deputada Arlete Caramês (PPS), uma das proposituras das homenagens às mulheres, assim como as deputadas Cida Borghetti (PP), Elza Correia (PMDB) e Luciana Rafagnin (PT) discursou durante a ocasião e saiu em defesa do combate à violência contra a mulher. A deputada falou sobre os esforços realizados em todo mundo, entretanto citou os dados apresentados pela Organização Mundial da Saúde, apontando que quase metade das mulheres assassinadas são mortas pelo marido, namorado, atual ou ex. De acordo com o levantamento, a violência responde por aproximadamente 7% de todas as mortes de mulheres entre 15 a 44 no mundo todo. Em alguns países, até 69% das mulheres relatam terem sido agredidas fisicamente e até 47% declaram que sua primeira relação sexual foi forçada.No Brasil, de acordo com a Organização das Nações Unidas, 25% das brasileiras são vítimas de violência no lar e em 70% dos casos o agressor é o marido ou companheiro. “O dado mais preocupante levantado pela ONU é que no Brasil, em apenas 2% dos casos o agressor é punido”, assinalou Arlete. “Dessa forma, acredito que devemos combater a violência contra a mulher não somente com a criação de aparato estatal para a punição rápida e eficaz dos agressores, mas também difundindo, através da educação de nossas crianças e das gerações que estão por vir os princípios de igualdade entre homens e mulheres”, concluiu a deputada.MEMÓRIA - A deputada Luciana Rafagnin (PT) falou sobre a importância do Dia Internacional da Mulher, que para ela é um momento de reflexão para toda a sociedade. A parlamentar citou ainda a tragédia ocorrida em 1857, de 129 operárias norte-americanas, que fizeram uma greve para reivindicar melhores condições e redução da jornada e perderam suas vidas devido a um incêndio provocado pela força policial.Luciana também mencionou a participação da mulher na política brasileira, que segundo ela é recente, mas apresenta episódios significativos, como por exemplo, a primeira passeata em prol do voto feminino e a eleição em 1933 da primeira mulher para vaga no Legislativo, a deputada paulista Carlota de Queiroz e apenas em 1990 é que foi eleita uma mulher para o Senado, Júnia Marise do PDT de Minas Gerais. E a primeira mulher a governar um Estado foi Roseana Sarney, eleita em 1994 governadora do Maranhão.A parlamentar falou ainda sobre a participação feminina na política, o que ela espera haver crescimentos nos próximos anos. “Esperamos que este número cresça e a participação da mulher aumente, tornando mais equilibrada a representação popular”, concluiu.

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