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Audiência pública discute alternativas para maior segurança nas rodovias do Paraná

Evento teve participação de representantes das concessionárias de pedágio, de órgãos do poder público e das polícias rodoviárias e da polícia civil.

As condições de segurança nas estradas pedagiadas do estado foram debatidas numa audiência pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná, nesta quarta-feira (4). Conforme proposição dos deputados Hussein Bakri (PSD) e Alexandre Guimarães (PSD), o evento debateu alternativas para a diminuição dos frequentes acidentes nas rodovias. Representantes das concessionárias de pedágio, de órgãos do poder público e das polícias rodoviárias federal e estadual, bem como da polícia civil, estiveram presentes.

Ficou definida a formação de uma frente parlamentar específica para tratar do assunto mais amplamente, com reuniões periódicas. Dentre algumas iniciativas já apresentadas para aumentar a segurança, uma delas foi promovida pela Agência Reguladora do Paraná (Agepar). O diretor-presidente do órgão, Cezar Augusto Silvestri, ressaltou que ainda no primeiro semestre foi baixada uma resolução que prevê melhor sinalização da pista no caso de obras ou acidentes. A previsão é de que as concessionárias se adequem às exigências da resolução até o final do mês de novembro.

A sinalização na pista por parte das concessionárias deve ocorrer a uma distância de 1.500 metros do acidente ou de eventuais obras no trecho. Além disso, a normativa prevê placas luminosas e a ronda de motocicletas com giroflex ligado em mil metros do final da fila nos casos de congestionamentos na rodovia. “Esta resolução pretende melhorar a prevenção de acidentes e informar os motoristas sobre intervenções na pista. Ou seja, há previsão de que em 2.500 metros o motorista tenha conhecimento de acidente ou de obras. Isso evita o engavetamento e futuras tragédias. No caso de descumprimento, as concessionárias poderão ser multadas ou autuadas”, afirmou Silvestri.

De acordo com o superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Adriano Marcos Furtado, embora tenha havido uma diminuição no número de acidentes nos últimos anos, em razão de uma ampla fiscalização, das operações e blitzes nas estradas paranaenses, os índices ainda preocupam. No ano passado, 2.358 acidentes graves foram registrados. No mesmo período, 652 pessoas morreram nas estradas paranaenses. “Mesmo com a dificuldade orçamentária, com limitações de pessoal, temos buscado alternativas para reduzir as infrações e acidentes. Os números diminuíram nos últimos anos, mas ainda são preocupantes”.

Redução – Nos últimos dois anos no Paraná, a PRF aplicou 740 mil multas, em grande parte por excesso de velocidade. Furtado disse ainda que um terço do total de caminhões que trafega no estado não teria sequer condições mecânicas e de conservação para trafegar. O policiamento também em 2017 já realizou 378 prisões de motoristas embriagados.

O diretor regional da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto, apresentou um panorama do trabalho de prevenção e atendimento de acidentes nas estradas. Ele destacou que um Comitê de Segurança interno, com diversos profissionais técnicos, engenheiros e peritos, avalia permanentemente a situação das estradas e que nos últimos cinco anos, a média de atendimento foi de 420 veículos ao dia, por problemas mecânicos.

“Já constatamos que 92% dos acidentes acontecem por fatores humanos e 4% por falhas mecânicas. Temos trabalhado efetivamente para melhorar o atendimento e as condições de trafegabilidade nas estradas. Até as concessões, as rodovias eram muito precárias, problemáticas e ainda mais perigosas. Adotamos como política este comitê, que atua na engenharia de tráfego, na educação dos motoristas, com campanhas fortes de segurança e de fiscalização”.

Alternativas – Para o deputado Hussein Bakri, a audiência foi produtiva e viabilizou a discussão com mais profundidade. Para ele, novos encontros poderão viabilizar outras medidas de segurança nas estradas. “O objetivo aqui não é fazer demagogia, tripudiar em cima dos acidentes. O debate deve girar em torno de alternativas. Vi que temos ações em andamento, mas precisamos de mais iniciativas. Vamos agora tratar de uma discussão mais setorizada para avançar neste assunto. Poderemos aprofundar o debate com a criação de uma Frente Parlamentar”, disse.

O deputado Alexandre Guimarães, por sua vez, citou o caso de um ponto muito crítico e com alto número de acidentes entre a serra de São Luiz do Purunã e Curitiba. O parlamentar lembrou que em 2015 foram 1.250 acidentes no trecho. No primeiro semestre de 2017 já foram computados 457. “Ali acontecem acidentes gravíssimos. Temos que discutir melhorias na segurança, porque estamos tratando de vidas humanas. Nove pessoas morreram neste trecho em 2015 e 12 vidas foram perdidas em 2016. A partir de agora espero que tenhamos ações efetivas para melhorar a segurança dos usuários das rodovias”, acrescentou.

Os deputados Nelson Luersen (PDT), Evandro Araújo (PSC), Tercílio Turini (PPS) e Marcio Pacheco (PPL) também compareceram à audiência, além de diretores e gerentes das concessionárias Caminhos do Paraná, Rodonorte, Econorte, Ecovia e Ecocataratas; do diretor-geral do Detran/PR, Marcos Traad e do diretor de operações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Paulo Montes Luz.

 

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