Audiência Pública faz apelo pela saúde de Guarapuava Deputados e vereadores da região trataram do atendimento na cidade e do funcionamento do Hospital Regional.

18/04/2023 12h44 | por Ana Luzia Mikos
Reunião ocorreu na manhã desta terça-feira (18), no Auditório Legislativo.

Reunião ocorreu na manhã desta terça-feira (18), no Auditório Legislativo.Créditos: Valdir Amaral/Alep

Reunião ocorreu na manhã desta terça-feira (18), no Auditório Legislativo.

“O desmonte da Saúde Pública em Guarapuava e região” foi o tema de uma Audiência Pública realizada nesta terça-feira (18), quando o atendimento e a situação do Hospital Regional da cidade foram detalhados na Assembleia Legislativa do Paraná.

“Essa audiência é muito importante porque trata da saúde de Guarapuava e de toda região. Temos um hospital que foi inaugurado por três diferentes governadores, usado em inúmeras propagandas e até hoje tem as suas portas fechadas ao público em geral. Hospital com uma quantidade grande de leitos, mas que atende em média oito leitos por vez”, disse o deputado do Requião Filho (PT), que convocou o encontro.

“Assino essa Audiência, mas os reais proponentes são os vereadores da cidade e surge de uma reunião que tivemos lá”, explicou Requião. E foram os representantes municipais e os deputados da cidade os responsáveis por explanar as principais questões relacionadas à saúde.

Guarapuavana, a deputada Cristina Silvestri (PSDB) participou do encontro e falou do longo debate sobre o tema. “A gente vem tratando essa questão há muito tempo. Guarapuava é uma cidade polo, com uma região enorme. Esse hospital foi idealizado há anos, especialmente para tratar de traumas e nós, novamente, estamos aqui falando sobre quando vai ser a abertura real, quem vai assumir o hospital, como vai funcionar totalmente?”, disse.

A parlamentar ainda citou o impacto do funcionamento do Hospital Regional no curso estadual de medicina da cidade. “Levar esse curso era um sonho para os guarapuavanos e isso ocorreu quando a construção do Hospital estava em pleno andamento, permitindo para que o curso fosse aprovado. Agora, estudantes do Brasil todo que estudam lá estão desesperados e vão precisar sair da cidade para que possam ter seus diplomas. É uma crise enorme”, afirmou.

Médico e natural de Guarapuava, o deputado Doutor Antenor (PT) contou que iniciou ainda como vereador, em 2010, um movimento na sociedade local pleiteando a criação do Hospital Regional – anunciado oficialmente em 2015. “Alcançar a saúde é um dos maiores direitos do cidadão. Mas não se faz saúde sem financiamento. Temos de cobrar porque não há políticas públicas cortando recursos”, reforçou o deputado.

O deputado Arilson Chiorato (PT) também esteve presente, assim como o ex-provedor da Santa Casa de Irati, Germano Strasman e outros representantes do município.

500 mil pessoas

A vereadora Professora Bia (MDB) ressaltou a importância da Audiência Pública por tratar sobre um tema de interesse dos 20 municípios que integram a 5ª Regional de Saúde.

“O assunto não pode ficar no debate, precisa de ação para que esse hospital possa funcionar. Guarapuava já teve cinco hospitais e hoje conta com apenas dois e uma Unidade de Pronto Atendimento que recebe todos os dias pacientes por falta de vagas, muitos têm de recorrer a outras regiões”, afirmou.

Ela citou que o custo inicial da obra era de “R$ 48 milhões, mas que já se consumiu mais de R$ 100 milhões, sem entregar 100% do hospital. Há um descaso na gestão, os trabalhadores fazem muito, com quase nada. O Hospital não tem nem telefone fixo, os profissionais usam seus celulares para atender as demandas e precisam revezar os computadores”, contou.

A vereadora Cris Wainer (PT) disse que “a população de Guarapuava jamais foi consultada sobre esse formato de contrato. Ela não lutou para serem gastos mais R$ 100 milhões em um hospital que não atende a demanda da região”, cobrou.

“Não temos mais o que responder para a população que precisa ficar esperando três ou quatro dias esperando por um leito. É esse apelo eu essa audiência traz para a capital do estado. É um grito de socorro”, reforçou a vereadora Professora Terezinha (PT).

O presidente da Câmara de Vereadores de Guarapuava, Pedro Moraes (REP), ressaltou que falar de Guarapuava não se limita aos 190 mil habitantes, mas à toda a região. “Essa população precisa de atenção. Essa Audiência Pública trata da saúde de todas essas pessoas. Hoje temos um elefante branco na cidade, enquanto perdemos entes queridos e guarapuavanos para a morte. Se não entregarmos o Hospital Regional em pleno funcionamento teremos dois hospitais quebrados: o Santa Tereza e o São Vicente”, alertou.

Vereador da Pitanga Rodrigo Cordeiro Teixeira seguiu a mesma linha. “Não ter saúde em Guarapuava significa que meio milhão de paranaenses não são atendidos”.

Encaminhamentos

Ao final da Audiência, foram definidos alguns encaminhamentos. De acordo com o deputado Requião Filhão, haverá um pedido para a presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, Márcia Huçulak (PSD), para uma visita à Guarapuava como forma de conhecer a realidade dos hospitais locais.

Também deverá ser realizada uma reunião na região com a convocação dos Conselhos Regionais de saúde para profundar ainda mais o assunto. Além do envio de ofícios ao Ministério Público e à Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná (FUNEAS).

 

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