Audiência Pública quer informação da Copel sobre quedas de energia no Paraná

07/03/2024 12h21 | por Assessoria Parlamentar
O encontro está marcado para o próximo dia 18 de março, às 9 horas, no plenarinho da Assembleia Legislativa.

O encontro está marcado para o próximo dia 18 de março, às 9 horas, no plenarinho da Assembleia Legislativa.Créditos: Divulgação/Assessoria Parlamentar

O encontro está marcado para o próximo dia 18 de março, às 9 horas, no plenarinho da Assembleia Legislativa.

Uma audiência pública vai tratar das constantes quedas de energia nos municípios paranaenses, que estão provocando apagões no fornecimento para os consumidores. O encontro está marcado para o próximo dia 18 de março, no plenarinho da Assembleia Legislativa. A iniciativa é dos deputados estaduais Luciana Rafagnin (PT) e Arilson Chiorato (PT).

O objetivo é buscar uma solução para constantes interrupções do fornecimento de energia no Estado, que aumentou significativamente depois da venda da Copel, causando transtornos e prejuízos econômicos tanto para a população quanto para o setor comercial e agrícola.

“Após a privatização da Copel, concluída em 2023, houve uma deterioração na qualidade do fornecimento de energia. Consumidores residenciais, comerciantes e agricultores estão tendo sérios prejuízos”, alerta Luciana.

Para o deputado Arilson, o encontro dará uma amostra da qualidade da prestação de serviço pela Copel, agora privatizada. “Na semana passada, lancei o Apagômetro depois de tanto receber reclamações de moradores de diversas cidades. Os números de reclamações, a cada dia, só aumentam, mostrando a precarização dos serviços de uma empresa que já foi considerada uma das melhores do setor”, afirma.

Os prejuízos já foram apontados pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), que formalizou reclamações recebidas de 54 sindicatos rurais. Segundo os sindicatos, o setor tem sofrido com uma série de problemas gerados pela má qualidade no fornecimento de energia elétrica no meio rural.

Para o setor empresarial, a preocupação é significativa, empresas que dependem de equipamentos eletrônicos, como as do ramo de tecnologia da informação, saúde e indústrias alimentícias, são as mais prejudicadas. Isso pode resultar em danos irreparáveis a produtos perecíveis, medicamentos sensíveis à temperatura e equipamentos de processamento essenciais, acarretando perdas econômicas consideráveis e impactando negativamente as empresas locais.

A falta de energia, como temos visto, prejudica a todos. Na região de Cascavel, por exemplo, produtores de leite e donos de granjas desistiram de continuar em suas atividades diante dos prejuízos recorrentes causados por falta de luz e oscilações da rede elétrica.

Os produtores de leite do município de Candói relatam que, no início de fevereiro deste ano, enfrentaram 10 picos de energia em um único dia, o que resultou na perda de mais de dois mil litros de leite e danos em maquinários.

Somente em 2023, a Copel recebeu vinte e oito mil pedidos de ressarcimento por aparelhos e equipamentos danificados em decorrência de problemas na rede de energia. Desse total, apenas sete mil foram indenizados, o que representa somente 25% dos equipamentos danificados, deixando um rastro de prejuízos para agricultores, comerciantes e residências.

Uma análise dos dados da ANEEL revela que, após a privatização, 66% das reclamações dos consumidores em 2023 ocorreram em decorrência dos apagões. Além disso, as multas aplicadas à Copel pela ANEEL aumentaram significativamente. Em 2023, o valor saltou para R$ 503 mil, refletindo a insatisfação crescente dos consumidores em comparação com a média anual de R$ 69 mil entre 2011 e 2018.

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