Campanha Descarte Amigo chama atenção para os perigos de agulhas descartadas de forma incorreta Lei estadual 20.130/2020 instituiu a Semana Estadual de Conscientização do Descarte Correto do Lixo.

03/03/2023 16h57 | por Maria Eduarda Buchi
Descarte inadequado de agulhas usadas no tratamento do diabetes e de outras doenças pode contaminar o meio ambiente e ferir gravemente quem trabalha com o lixo.

Descarte inadequado de agulhas usadas no tratamento do diabetes e de outras doenças pode contaminar o meio ambiente e ferir gravemente quem trabalha com o lixo.Créditos: Divulgação/Meio Ambiente Prefeitura de Araucária.

Descarte inadequado de agulhas usadas no tratamento do diabetes e de outras doenças pode contaminar o meio ambiente e ferir gravemente quem trabalha com o lixo.

Desde 2020 a Assembleia Legislativa do Paraná instituiu a Lei estadual nº 20.130/2020, que estabelece a Semana Estadual de Conscientização do Descarte Correto do Lixo Gerado no Tratamento do Diabetes e outras doenças, que acontece todos os anos nesta primeira semana de março. Os autores são o presidente da Casa, deputado Ademar Traiano, e o ex-deputado Dr. Batista. A campanha “Descarte Amigo – Agulha no Lixo é um Perigo” tem o objetivo de informar sobre os riscos associados do descarte incorreto de agulhas e seringas usadas em domicílio, assim como orientar a forma correta de fazê-lo.

A semana segue as orientações das autoridades sanitárias.  De acordo com a endocrinologista Daniele Zaninelli, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Paraná (SBEM-PR) e coordenadora da campanha, agulhas e seringas são importantes para a manutenção da saúde de milhões de pessoas todos os dias. E quando se fala da produção domiciliar desses resíduos, segundo a especialista, o maior volume decorre do uso de insulina e outros medicamentos injetáveis por pessoas com diabetes.

“É importante ia divulgação em nossos canais de informação, como sites e redes sociais e estender a campanha para outros pacientes que necessitam utilizar agulhas, como por exemplo, os que fazem tratamento para o crescimento, cujo hormônio é injetável”, afirmou. Ela lembra também sobre a importância de conscientizar a população e da ampliação da campanha sobre o descarte adequado de perfurocortantes (especialmente agulhas) usados no tratamento do diabetes e de outras doenças crônicas.

O objetivo de se conscientizar é envolver cada vez mais especialidades médicas, como por exemplo, infectologia, hepatologia, ginecologia e reprodução humana, endocrinologia, pediatria e reumatologia.  “O descarte inadequado de agulhas usadas no tratamento do diabetes e de outras doenças pode contaminar o meio ambiente e ferir gravemente quem trabalha com o lixo. Há ainda a possibilidade da transmissão de doenças como hepatites e HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).  Por isso, nunca se deve jogar seringas, agulhas, canetas e lancetas – instrumentos usados para fazer exames – no lixo comum”, reforça.

Diabetes

A Sociedade Brasileira de Diabetes aponta que 16,8 milhões de pessoas vivem no Brasil com a doença, e que pelo menos 1 milhão façam uso de agulhas.  A maior parte faz tratamento com insulina e/ou outros medicamentos injetáveis.

Considerando que as agulhas devem ter uso único, e alguns pacientes chegam a precisar de quatro a cinco injeções ao dia, além de realizar automonitoramento até sete vezes ao dia, pode-se imaginar quanto material perfurocortante com potencial contaminante – composto por agulhas, lancetas, fitas reativas e insumos usados na bomba de infusão de insulina – é produzido diariamente.

O diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo.

Descarte Amigo

A campanha “Descarte Amigo – Agulha no Lixo é um Perigo” tem o apoio da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia– Regional Paraná (SBEM) desde a sua concepção, e hoje também conta com apoiadores como a SBEM Nacional, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a Associação Paranaense de Hepatologia (APH), a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), e o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR). 

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