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Camponeses Mostram Sua Força Nos Eventos da Onu

CAMPONESES MOSTRAM SUA FORÇA NOS EVENTOS DA ONUMesmo não sendo para os pequenos agricultores, foram eles que nesta segunda-feira (13), marcaram presença na abertura da MOP 3, evento oficial da ONU. Vindos diretamente do Parque Newton Freire, após uma marcha de 15 quilômetros, os mais de 500 camponeses chegaram de forma pacífica ao evento, onde eram esperados por uma cavalaria da Polícia Militar e diversas viaturas.Os pequenos agricultores, integrantes da Via Campesina, fizeram uma manifestação para que o governo brasileiro aceite a terminologia “contém transgênico” e determine a rotulagem dos produtos geneticamente modificados. Eles participaram dos eventos paralelos a MOP, promovidos pelo Fórum Global da Sociedade Civil, no estacionamento do parque Expotrade. Na pauta, o protocolo de biossegurança e suas conseqüências para a sociedade. Via CampesinaO acampamento “Terra livre de Transgênico”, organização paralela aos eventos da ONU, também abre com uma pauta que discute a biodiversidade sob a óptica dos camponeses. Participam da abertura oficial representantes do Ministério das Minas e Energia, Ministério do Meio-ambiente, Casa Civil e do MST, CPT, MPA, entre outros movimentos sociais. Para o coordenador da Comissão Pastoral da Terra, Dionísio Vandressen, esta é uma oportunidade inédita de os pequenos agricultores discutirem questões ligadas ao meio-ambiente e relacionadas diretamente com o seu dia a dia. “Temos a função de pressionar para que a nossa biodiversidade seja preservada e o nosso modo de produção também”, afirma.Nesta primeira semana, de 13 a 17, o Movimento Atingidos por Barragens, MAB, é o responsável pelas principais atividades do acampamento. O movimento promove uma série de debates sobre o tema água e energia. Segundo um dos coordenadores, Gilberto Cervinski, o objetivo é fazer um estudo aprofundado sobre o modelo energético brasileiro e as ameaças à soberania do país com o festival de privatizações que vêm ocorrendo no setor. “O objetivo do MAB é mostrar à população a importância estratégica que o Brasil tem na atual conjuntura: em meio a uma crise de petróleo, aumentam por aqui as construções de barragens”. Cervisnki cita como exemplo a venda da Eletrosul para a empresa multinacional Tractbel-Suez que herdou mais de 7 mil megawatts e atualmente é a maior geradora do país. As constantes privatizações provocaram mais de 70 mil desempregos nos últimos oito anos, segundo o coordenador do MAB. Apenas a Tractbel-Suez demitiu mais de 400 funcionários. “Queremos acabar com esta falácia de que a construção de barragens é sinônimo de emprego e desenvolvimento, pois a história tem mostrado justamente o contrário”, afirma Cervinski.Conforme dados do MAB, há atualmente 1 milhão de pessoas atingidas por barragens, sendo que de cada 100, 70 não foram remuneradas por suas benfeitorias e terras alagadas pelas barragens.Saiba quem faz parte da Via Campesina:O MST, a Comissão Pastoral da Terra, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Movimento Atingidos por Barragens (MAB), Pastoral da Juventude Rural (PJR) e Federação dos Estudantes de Engenharia Agronômica (FEAB).Liderança do PT/PRKelen VanzinAssessora de Imprensa(41) 350-4157(41) 91966533www.pagina13pr.org.br
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