Comissão de Direitos Humanos ouve reivindicações do Sindipetro Os representantes do Sindipetro estão mobilizados para uma greve nacional dos petroleiros que pode ocorrer a partir desta quarta-feira (30).

29/05/2018 18h40 | por Trajano Budola
Comissão de Direitos Humanos e da Cidadania. 29/05/2018

Comissão de Direitos Humanos e da Cidadania. 29/05/2018Créditos: Sandro Nascimento/Alep

Comissão de Direitos Humanos e da Cidadania. 29/05/2018


A Comissão de Direitos Humanos e da Cidadania da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), presidida pelo deputado Tadeu Veneri (PT), ouviu em reunião na manhã desta terça-feira (29) a pauta de reivindicações apresentada pelo Sindicato dos Petroleiros do Paraná e de Santa Catarina (Sindipetro), que se mobiliza para uma greve nacional da categoria programada para ter início nesta quarta-feira (30). Participaram da reunião ainda os deputados Anibelli Neto (PMDB), Evandro Araújo (PSC) e Rasca Rodrigues (PODE), membros da comissão, além dos deputados Tercílio Turini (PPS), Péricles de Mello (PT) e Requião Filho (PMDB).

De acordo com o presidente do Sindipetro no Paraná e Santa Catarina, Mário Dal Zot, a principal motivação da greve é a política adotada pelo Governo Federal desde 2016 para os preços dos combustíveis no Brasil. Ele lembra que a alta contínua nos valores cobrados do consumidor final nos postos de gasolina se deve à indexação da produção do petróleo brasileiro ao valor do barril do produto no mercado internacional, cotado em dólar.

Desta forma, explica Dal Zot, acaba-se pagando a diferença do Real desvalorizado frente à moeda norte-americana. “Neste momento em que a pauta da greve dos caminhoneiros está colocada e trouxe à baila a questão da alta dos combustíveis, é preciso esclarecer a população sobre o porquê disto”, explicou. “A gestão da Petrobras implantou a paridade dos preços dos combustíveis com os valores do mercado internacional. Isto para um país produtor como o Brasil, com uma capacidade enorme de refino, é inconcebível”, afirmou.

A previsão da categoria é de que a paralisação dure incialmente 72 horas, a partir do primeiro minuto de quarta-feira (30), com reavaliação dos resultados na tarde da próxima sexta-feira (1º). “É uma greve de advertência, até porque entendemos o momento de desabastecimento pelo qual passa o país. Mas ela pode se transformar em greve por tempo indeterminado, caso não se avance nesta mudança da politica sobre o petróleo no Brasil”, afirmou o presidente da Sindipetro.

Ainda segundo Dal Zot, o Governo Federal tem planos de venda de quatro grandes refinarias brasileiras, entre elas a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária. Ele afirmou aos deputados que a unidade está operando com apenas 65% de sua capacidade de produção, numa subutilização determinada pela direção da Petrobras. O sindicato alega que a medida é parte de uma estratégia de privatização da empresa. “É contra isso que estamos brigando, também contra a privatização que está dentro do pacote para privilegiar o mercado internacional e entregar boa parte do refino e produção do petróleo no Brasil para as grandes empresas internacionais”, destacou.

Para Tadeu Veneri, a subutilização possibilita manter a política de compra de derivados de petróleo de empresas petrolíferas internacionais em detrimento do produto refinado nacional. “É algo que não se explica. Estamos deixando de arrecadar impostos e produzir o que temos em matéria prima no país para comprar de fora. O Brasil produz com preço muito baixo e mesmo assim temos a política que onera os combustíveis, gasolina, diesel e gás de cozinha, com prejuízos à população”, afirmou.

O presidente da Comissão de Direito Humanos convidou o Sindipetro para uma exposição da pauta de reinvindicações dos trabalhadores no Plenário da Assembleia Legislativa na próxima segunda-feira (4), por 15 minutos, durante o horário do chamado Grande Expediente, a partir das 14h30.

Participaram da reunião da comissão ainda os diretores de base do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Paulo Henrique Debiasi e Luiz Antônio Kurpiel.

 

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