CPI da Indústria do Atestado Médico ouve mais três representantes da área da saúde

17/10/2017 13h56 | por Trajano Budola
Reunião da "CPI da Indústria do Atestado Médico".

Reunião da "CPI da Indústria do Atestado Médico".Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

Reunião da "CPI da Indústria do Atestado Médico".

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Indústria do Atestado Médico ouviu na manhã desta terça-feira (17), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), mais três profissionais ligados à área da saúde que alertaram os deputados sobre a necessidade da criação de métodos mais efetivos para combater a emissão fraudulenta destes documentos. Um dos pontos defendidos pela CPI, presidida pelo deputado Anibelli Neto (PMDB), é a digitalização dos sistemas, para que as emissões sejam aferidas pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) mais facilmente.

Um dos ouvidos, Paulo Zétola, médico gerente-geral da Saúde e Segurança do Trabalho Corporativo na América Latina do Grupo Renault, deu exemplos da emissão de atestados em uma grande corporação, que reúne sete mil funcionários titulares ativos e seus dependentes, ou cerca de 20 mil pessoas. De acordo com ele, um único funcionário identificado pela empresa realizou 143 exames médicos em apenas um ano, o que é chamado de “High User”. Ainda segundo Zétola, do total, cerca de dois mil funcionários fazem treze consultas médicas ao ano, cada um. O médico defende que este volume de atendimentos e de atestados emitidos precisam ter um lastro, com numerário nos blocos de documentos ou carimbos selados do próprio CRM.

Foi ouvido também o advogado da Associação Médica do Paraná (AMP), Marcelo Salomão, e o vice-presidente de Associação Paranaense de Medicina do Trabalho, João Carlos do Amaral Lozovey. Os dois também defenderam métodos mais efetivos para a aferição de atestados emitidos no Paraná.

Para Anibelli Neto o problema é muito sério e precisa ser enfrentado pelo grupo com a colaboração dos profissionais diretamente envolvidos. Por este motivo a CPI já ouviu, por exemplo, representantes do CRM. “Nós temos este entendimento desde o inicio dos trabalhos, por uma legislação mais avançada, que obrigue o uso do atestado digital”, explicou, destacando que, segundo relatos feitos à CPI, hospitais curitibanos, como o Marcelino Champagnat e o Santa Cruz, já fazem uso deste recurso.

Participaram desta reunião ainda os deputados Delegado Recalcatti (PSD), Claudio Palozi (PSC) e Stephanes Junior (PSB).

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