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Cpi do Grampo Ouve Ex-coordenador da Pic

Para: Editoria de Política e ColunasDistribuído em 06/12/06A Comissão Parlamentar de Inquérito, que investiga casos de escuta telefônica ilegais no Estado, se reuniu na última quarta-feira (06), para ouvir o ex-coordenador da Promotoria de Investigação Criminal (PIC), Dartagnan Cadilhe Abilhoa. Os esclarecimentos foram prestados no Plenarinho da Assembléia Legislativa, na presença dos deputados Antonio Anibelli (PMDB), Jocelito Canto (PTB), Duílio Genari (PP) e Natálio Stica (PT).Abilhoa, que comandou a PIC desde a sua constituição, no ano de 1994, permanecendo até 2002 e retornado entre os anos de 2004 e 2005, disse que a PIC tem como objetivo combater e apurar qualquer infração penal praticada por agentes policiais. O depoente disse ainda que todas as escutas realizadas pelo órgão são realizadas por pedido do MP e de delegados. “As escutas da PIC são feitas dentro da legalidade que a Justiça exige. Portanto, qualquer tipo de escuta ilegal deve ter sido feita com equipamentos de maletas. Nesses casos, a interceptação é muito difícil”, contou Abilhoa, lembrando que esse tipo de equipamento é caro e nunca houve indícios contundentes de quem poderia operar esses equipamentos.Apesar disso, o ex-coordenador PIC afirmou que há muito tempo circulam suspeitas de que o policial civil Délcio Razera trabalhava com escutas telefônicas clandestinas. “Mas, nunca houve uma prova concreta do seu envolvimento. Isso ocorreu apenas agora”, explicou.Outro ponto que chamou a atenção dos parlamentares, em especial do deputado Jocelito Canto, foram outras duas investigações solicitadas a Abilhoa. Uma sobre possíveis irregularidades na zona paraguaia do Porto de Paranaguá e a outra sobre a gestão da Fundação Copel. Ambas não foram concluídas e também correm em segredo de Justiça.Rasera – O deputado estadual e relator da CPI, Jocelito Canto (PTB), também solicitou uma série de documentos ao Ministério Público do Paraná (MP), todos relacionados à prisão do policial civil Délcio Rasera. Canto destacou que a CPI pretende ter acesso a todos os textos e matérias divulgadas e publicadas sobre o caso, tanto no MP como nos demais veículos de comunicação. E, embora tramite em segredo de Justiça, o deputado também entrou em contato com o Fórum Cível de Campo Largo para obter cópia de documentos e do processo que está sendo investigado na cidade. Os membros da CPI também receberam documentos referentes à CPI da Telefonia, que já foi alvo de investigação no Legislativo Paranaense. O policial Délcio Rasera deverá prestar depoimento na próxima segunda-feira (11), às 17 horas, no Plenarinho da Assembléia Legislativa. E, na terça-feira (12), será a vez de escutar o técnico em telefonia Isaque Pereira da Silva. A Comissão que iniciou seus trabalhos no dia 4 de dezembro, também já ouviu o depoimento do atual coordenador da PIC, Paulo José Kessler.
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