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Decisão do Stf Tem que Ser Clara e Imediata, Diz Pugliesi

A decisão do Superior Tribunal Federal (STF), que está julgando a fidelidade partidária em Brasília (DF), precisa ser clara e imediata. A avaliação é do deputado estadual e líder do PMDB na Assembléia, Waldyr Pugliesi. "O efeito da decisão do STF teria que ser imediato, teria que ser um bisturi a cortar o tumor para jorrar este pus", declarou Pugliesi nesta quinta-feira (4), em entrevista a Rádio Paraná Educativa AM. O julgamento do STF, programado para a tarde desta quinta-feira, busca por fim a uma prática comum na política brasileira, o troca-troca partidário. Desde o início do ano, pelo menos 46 parlamentares do Congresso Nacional (deputados federais e senadores) trocaram de partido. O PSDB, PPS e Democratas, autores do mandado de segurança para reaver os mandatos, perderam juntos 23 parlamentares desde a eleição de outubro do ano passado. "Quando alguém entra num partido, deve ter identificação com aquele partido e não simplesmente usá-lo para que possa atingir um objetivo particular, muitos vezes não confiável", sentenciou Pugliesi. O líder do PMDB completa em 2007, 43 anos de vida pública e está em seu nono mandato em cargos eletivos. O deputado é um dos fundadores do MDB no Paraná e foi o primeiro presidente do PMDB, em 1979, partido ao qual permanece até hoje. De acordo com Pugliesi, os três partidos impetraram mandados de segurança porque a saída dos parlamentares acaba ferindo a proporcionalidade eleitoral conseguida nas urnas. "Então é essa a situação, muito ruim para todo mundo e espero que o Supremo defina claramente a situação", disse. MANOBRA – Pugliesi alerta para o fato de já existir um lobby político para aprovar a fidelidade partidária, mas que passaria a vigorar em período ainda incerto. "A gente já vê uma movimentação no sentido de que comece a vigorar esta posição do Supremo lá para a frente. Tem gente que fala assim "tudo bem, o mandato tem que ser do partido, mas vamos colocar em prática lá pelo ano de 2020". Isso é uma vergonha que nós temos na política nacional". Este cenário, na opinião do deputado, é responsável direto pela desilusão da população quanto à política e aos partidos políticos. "Basicamente por que (as pessoas) se sentem mal muitas vezes vendo estas estripulias sem entender nada. Os cidadãos quando entram no partido (após eleitos) traem seus eleitores e traem os próprios partidos a que estão filiados". O líder do PMDB informou aos ouvintes da emissora que defende historicamente, dentro do partido e individualmente, a liberdade partidária e o direito a expressão igual para todos. "Mas então, estes parlamentares que trocaram de partidos, todos eles, inclusive os que vieram para o meu partido, deveriam ser penalizados e nós todos comemorarmos um avanço no sentido da seriedade dentro da política brasileira", completou.Foto: Nani Góis
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