Pagar uma conta no cartão de débito ou crédito é simples e rápido para a maioria da população brasileira e paranaense. Basta ver o volume movimentado nas compras com cartões de débito e crédito no Brasil este ano> Foram R$ 285 bilhões nos três primeiros meses. Um crescimento de 6% em relação ao mesmo período de 2016. Os dados foram apresentados em junho deste ano e divulgados pela Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito (Abecs).
Significa dizer que mais de 28% (28,2%) das famílias brasileiras usam cartões na hora de consumir. Mas e se o consumidor é cego, por exemplo? Ou se está em idade avançada e tem uma baixa visão? Como ter certeza de que o valor pago na compra foi mesmo o registrado pelo estabelecimento comercial? Para facilitar a vida dos deficientes visuais, o deputado Missionário Ricardo Arruda (PEN), apresentou um projeto de lei na Assembleia legislativa que prevê: empresas que trabalham com esse tipo de pagamento serão obrigadas a utilizarem máquinas de cartão de crédito e débito adaptadas para pessoas com deficiência visual no Paraná. O parlamentar explica que a ideia de da proposta surgiu durante uma visita que ele fez ao Instituto Paranaense de Cegos.
(Sonora)
A proposta, que passou em primeiro turno na sessão da Assembleia desta segunda-feira (28) e volta ao plenário para mais votações ainda esta semana, prevê que as empresas terão seis meses para se adequar. Em caso de descumprimento, serão advertidas e em caso de reincidência, deverão pagar multas. No Brasil, segundo o IBGE, são mais de seis milhões de deficientes e pelo menos 500 mil pessoas com deficiência visual. O Paraná já possui, por meio de outra lei aprovada na Casa, um mês todo dedicado à prevenção e ao combate à cegueira. A Lei institui o “Abril Marrom” e é dos deputados José Carlos Schiavinato (PP) e Dr. Batista (PMN). O objetivo é conscientizar a população paranaense sobre a importância da prevenção de doenças que podem levar a cegueira, com campanhas de esclarecimento, exames preventivos e ações educativas, tudo em parceria com a iniciativa privada e com entidades da sociedade.
Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro.