09/10/2009 14h59 | por Thea Tavares (MTb 3207/PR) – (41) Jornalista: 9658-7588 / 7815-8454
No Sudoeste, há doze projetos de construção de usinas hidrelétricas no rio Chopim em andamento. As famílias atingidas querem assegurar seus direitos.Há, no Sudoeste do Paraná, pelo menos doze projetos em andamento visando à construção de barragens sobre o rio Chopim, que deverão expulsar de suas terras perto de duas mil famílias de agricultores. Dois desses projetos, nos municípios de Clevelândia e Honório Serpa, encontram-se bastante adiantados, ou seja, na fase de elaboração do estudo de impacto ambiental. Mas as famílias de agricultores das áreas previstas para serem inundadas reclamam a falta de informações referentes aos seus direitos e sobre a indenização dos prejuízos. “Representantes do Grupo Gerdau, em reunião com um número pequeno de agricultores, no mês de maio, disseram que não há previsão e nem interesse por parte da empresa em garantir o reassentamento das famílias”, denunciou o membro da direção do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Paraná, Jadir Bonacina. Ele lembra que “o impacto dessas obras será sentido em pelo menos doze municípios da região” e defende que as famílias atingidas sejam ouvidas e respeitadas nesse processo.É por isso que, no próximo dia 16 de outubro, às 14h, acontecerá em Pato Branco uma audiência pública da Assembleia Legislativa para discutir os direitos das famílias atingidas. A iniciativa é da Frente Parlamentar de Aproveitamento dos Potenciais Hidroenergéticos do Estado, presidida pelo deputado estadual Tadeu Veneri, e a audiência será realizada em parceria com as comissões de Agricultura, cuja presidente é a deputada estadual Luciana Rafagnin, e de Meio Ambiente da Casa, presidida pelo deputado estadual Luiz Eduardo Cheida, e em conjunto com a coordenação do MAB. O evento acontecerá no Centro Regional de Eventos do Parque de Exposições de Pato Branco, situado à rua Benjamin Borges dos Santos, no Bairro Fraron.Bonacina adverte que os maiores prejudicados com a implantação das barragens serão as famílias de agricultores, incluindo os assentados da reforma agrária. “A empresa não demonstra reconhecer o direito de quem produz em regime de parceria e de arrendamento, uma vez que essas famílias não possuem documento de posse da terra por não serem proprietárias individuais dos lotes em que vivem”, comentou. Contato: Escritório Regional do MAB em Francisco Beltrão – (46) 3524-9533, com Jadir Bonacina ou Robson Formica.