A deputada Rosane Ferreira participou ontem, dia 11, da sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa que discutiu o projeto de lei encaminhado pelo governador Roberto Requião que cria o Instituto Paranaense das Águas (Ipaguas). “A água é um dos recursos naturais mais valiosos para as futuras gerações e precisa ser debatido com toda atenção”, afirma Rosane.Pelo projeto, o novo Instituto das Águas substituirá as atribuições da Suderhsa, Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, assumindo o controle do uso das águas superficiais e subterrâneas no Paraná e a fiscalização em campo executados pelas gerências de bacias em parceria com a Polícia Ambiental. Rosane vê com bons olhos o debate, mas defende uma discussão mais profunda para que não hajam dúvidas nem lacunas na lei no momento de implantação do Instituto. “Um órgão com tantas atribuições precisa ser debatido amplamente para que todos os aspectos sejam pensados”, diz a deputada, lembrando que a água é fundamental na cadeia produtiva, tanto agropecuária quanto industrial. “Se uma pessoa precisa de aproximadamente 2 litros de água por dia para sobreviver, estudos da Organização Mundial de Saúde apontam que para produzir uma batata são necessários 25 litros de água. Para fazer um saco de batatas chips esse valor já salta para 185 litros. Muito pior é o caso da carne. Para se ter idéia, a produção de um hambúrguer consome cerca de 2,5 mil litros em todo o processo”.Isenção – A principal preocupação da deputada em relação ao projeto de lei é com relação à agricultura familiar. Rosane defende uma abordagem mais objetiva em relação aos pequenos agricultores, que devem ser isentos de cobrança pelo uso de água de poço em suas propriedades. “Na forma como foi redigida, a lei não é explicita em relação a isso, o que abre precedentes perigosos”, diz.