Enquanto a Secretaria de Saúde demonstra preocupação e toma atitudes para combater a gripe A no Paraná, a Secretaria de Segurança não se manifesta sobre os índices de criminalidade no Estado. Essa é a constatação do deputado estadual Douglas Fabrício (PPS), que durante discurso na tribuna da Assembleia Legislativa apontou o contraste entre as duas secretarias do governo. Para ilustrar a comparação, Douglas citou a ida do secretário de Saúde, Gilberto Martin, à Assembleia, que na segunda-feira conversou e respondeu questionamentos dos deputados. Já o secretário da Segurança, Luiz Fernando Delazzari, não atendeu os convites para comparecer à Assembleia nem divulga informações requisitadas pelo Poder Legislativo. “Diante da gravidade da gripe H1N1, vemos o governo se mexendo, o secretário preocupado, assim como os diretores das secretarias, funcionários, médicos. Não vejo a mesma coisa na Segurança Pública, onde o governo não se mexe, o secretário não dá satisfação e nossos requerimentos são reprovados aqui pela base do governo”, argumentou Douglas.O parlamentar lembrou que enquanto a gripe A já matou 39 pessoas no Paraná, somente no fim de semana mais de 30 pessoas foram assassinadas em Curitiba e região metropolitana. “O que a Saúde está fazendo para combater a gripe nós estamos sabendo, o governo está correspondendo, mas na Segurança não. Faço requerimento pedindo informações mas o governo não quer debater. Alguma coisa devem estar escondendo. Por que esse tratamento diferenciado das secretarias se o governo é o mesmo?”, questiona o deputado.Em seu pronunciamento Douglas também citou o número de homicídios em Campo Mourão (21 só neste ano) e lembrou do assassinato do empresário Junior Tazinazzo. O crime, ocorrido durante um assalto, completou um ano neste mês e ainda não foi esclarecido.