27/07/2009 16h59 | por Leandro Espinola Araújo Abecassis / (41) 3350-4026 / 3350-4226 / 9145-9849 / imprensa@stephanesjunior.com.br
Após a divulgação no último dia 20, do estudo sobre o número de homicídios de adolescentes nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, classificando o município de Foz do Iguaçu como a cidade com maior número de mortes de adolescentes e Curitiba como a nona capital mais violenta, iniciou-se uma discussão sobre a veracidade dos dados e uma disputa sobre quais dados seriam mais confiáveis, se os do estudo ou os da secretaria de estado da segurança pública. Medido pelo Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que representa num universo de 1.000 pessoas, o número de adolescentes que tenham chegado aos 12 anos, mas não chegarão aos 19 anos, pois serão vítimas de homicídio, os dados apresentam um triste retrato da juventude brasileira.Com um IHA de 3,0, Curitiba ocupa a nona posição entre as capitais e fica com a 59ª posição no quadro geral que possui dados dos 265 municípios analisados e com um número de mortes esperadas por homicídio até 2012 de 693. São 693 jovens vidas que serão perdidas nos próximos anos. Não bastasse isso, veio o pior dado para o nosso estado, Foz do Iguaçu, com o pior índice entre todas as 265 cidades estudadas. Isso mesmo, Foz foi a 1ª colocada com um índice de homicídios de adolescentes de 9,7 e com um número de homicídios esperados de 446 até 2012. Com uma população estimada em 319 mil habitantes, muito longe dos mais de 1,8 milhões de habitantes da Capital do Paraná, os índices desta pesquisa demonstram que a violência está longe de ser vencida.Diante deste quadro, não podemos perder tempo para tentar descobrir de quem é a culpa, ou a quem cabe a parcela maior do problema. O que devemos fazer é fechar um verdadeiro pacto, entre todos os governos, sejam eles, municipais, estaduais e federal, juntos com a participação da sociedade e também da iniciativa privada. Quando falamos em pacto contra a violência não falamos apenas de policiamento, ações contra o crime, mas principalmente de ações sociais, que não levem esses jovens à criminalidade. Ações de geração de renda, oportunidades para o primeiro emprego, uma educação pública de qualidade, cursos profissionalizantes, melhorias urbanas nas regiões mais carentes destes municípios, como asfalto, luz, saneamento, locais de esporte, lazer e cultura.Antes de discutir de quem é a bomba, devemos por a mão em nossas consciências, assumir nossos erros como governantes, como sociedade e juntos buscarmos a realização de ações efetivas que possam reverter esse terrível quadro que se apresenta em nosso futuro não muito distante. Antes de serem números numa estatística, nossa juventude deve ser tratada com o respeito que ela merece. Reinhold Stephanes Junioré economista e deputado estadual no Paraná