O deputado relatou os fatos que levaram deputados do Paraná, em caravana, até Brasília há algumas semanas, para interceder pelo cancelamento das multas impostas ao Paraná, no caso dos títulos podres do Banestado. Rangel acabou viajando, mesmo depois de alegarem que não havia mais reserva no vôo e teve que desembolsar os valores de transporte e hospedagem, posteriormente ressarcidos pelo legislativo. “Fomos, a pedido do Governo do Paraná, interceder pelo nosso Estado”. Ele contou que fez uma série de contatos e obteve dos deputados Fernando Coruja, César Silvestre e Moreira Marques, do PPS, a garantia de que a bancada votaria em massa em favor do Paraná, como ocorreu. “O que me surpreendeu é que as bancadas do PMDB, PTB e do PT, que aqui representam a situação, acabaram sendo contra”. E agora o deputado ficou sabendo que este foi mais um dos “acertos políticos” nos bastidores, para mandar a matéria para decisão do Senado da República. Rangel disse que está surpreso com as notícias dos jornais dando conta de que exatamente os partidos de representação do governo acabaram não acatando a decisão, enquanto o PPS, que é uma oposição ferrenha ao Governo do Paraná, foi 100% favorável. Num aparte o deputado de Ponta Grossa, Jocelito Canto, do PTB, informou que realmente este é um dos “acertos” e que no parlamento há muitos desses “acertos”. Outro deputado que interveio no discurso de Rangel foi Douglas Fabrício, também do PPS, corrigindo Jocelito e destacando que realmente existem os acertos: “mas precisamos entender que estes acertos devem ser em favor do povo, o que raramente temos visto nos assuntos tratados pelo Governo do Paraná”. Ele aproveitou pra criticar também que além de fazer os acertos em benefício da população, “é importante que os parlamentares compareçam nas votações”, referindo-se aos vários esvaziamentos de plenário proporcionados pela situação quando as matérias não lhe são favoráveis.“Eu não entendo como estas coisas acontecem, pois eu tive a minha passagem e estadia pagas pelo povo do Paraná. Acho que tinha que cumprir a minha obrigação como parlamentar e defender as coisas do meu Estado. Estranho que nem todos pensem assim”, finalizou o deputado.