A Assembleia Legislativa aprovou nesta segunda-feira, em segunda e terceira discussões e redação final, em sessão normal e três extraordinárias , o projeto de reajuste dos salários dos servidores do Poder Executivo. As emendas da oposição que haviam sido rejeitadas na CCJ , a Comissão de Constituição e Justiça, voltaram a ser discutidas, depois que os deputados apresentaram um recurso ao Plenário. Mas a maioria dos parlamentares votou contrária. E as duas emendas que pediam reajuste de 8,17% de forma integral e que o reajuste se estendesse para servidores das Apaes e da ParanáEducação foram derrubadas.
O projeto aprovado reajusta os salários dos servidores públicos estaduais em 3,45% no mês de outubro em parcela única e a reposição de 8,5% em média, no mês de janeiro, do ano que vem que repõe os meses de maio a dezembro , de acordo com o IPCA, índice oficial que mede a inflação no país. Pelo projeto, as perdas inflacionárias de 2016 vão ser pagas em janeiro de 2017 quando os servidores recebem um adicional de 1%. Depois disso, a data-base volta para o mês de maio com a reposição do IPCA de janeiro a abril de 2017.
O projeto defendido pelo Governo e pela maioria dos deputados, foi elaborado a partir de um amplo debate com todos os parlamentares e com os sindicatos que representam os servidores. Mas, segundo os governistas, deputados da oposição voltaram atrás no acordo firmado.
O deputado Tadeu Venéri, do PT, que defende a posição de que o Estado tinha dinheiro para pagar o reajuste total dos servidores, disse que já esperava a derrota, e que ela faz parte da democracia.
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O líder do Governo, Luiz Cláudio Romanelli, do PMDB, classificou as emendas da oposição demagógicas, já que os deputados não podem legislar quando se trata de impacto orçamentário, mas afirmou que cumpriu o compromisso firmado no acordo com os servidores.
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Agora a proposta vai ser encaminhada para a sanção do governador Beto Richa. De Curitiba, Cláudia Ribeiro.