Deputados do PMDB repudiaram com veemência as declarações do senador paraguaio Juan Carlos Galaverna na rádio Band News contra o governador Roberto Requião. Caito Quintana ficou estarrecido com a leviandade das afirmações. Luiz Eduardo Cheida ressaltou a honestidade do governador, conhecida por todos os paranaenses. Artagão Júnior disse que são palavras ao vento, fáceis de jogar. Waldyr Pugliesi afirmou que não se deve dar nenhuma importância às tolices proferidas pelo senador. Dobrandino da Silva considerou totalmente descabidas as afirmações.O líder do PMDB, Waldyr Pugliesi, afirma que “este senador deveria ser internado imediatamente como débil mental”. Pugliesi acrescentou que os disparates do senador certamente serão repelidos, “mas não se deve dar muita importância a um indivíduo que se atreve a falar essas tolices”. “Não sei se algum hospício vai aceitar este cidadão, pois ele deu mostra de total incapacidade para ser senador em qualquer país”, disse Pugliesi.Segundo o líder do PMDB, revelar preferência por determinada candidatura não significa estar se imiscuindo na política de determinado país. “Eu torci a vida toda pela derrota do imperialismo americano no Sudeste Asiático, solidarizei-me com os movimentos revolucionários de negros e brancos contra a exploração branca na África e sempre desposei os propósitos dos revolucionários cubanos. A América Latina precisa se libertar. Enquanto houver senadores desse tipo, a América Latina continuará sendo escrava de latifundiários de direita”, afirmou Pugliesi.O deputado Caito Quintana (PMDB) afirmou que ficou estarrecido com a capacidade de um senador da República de um país vizinho vir a uma emissora de rádio de outro país fazer acusações totalmente levianas, sem nenhuma prova e sem nenhuma condição de que possam ser consideradas verdadeiras. “É um novo estilo de fazer política, colocando pessoas de outro país para denegrir a imagem de quem está administrando um estado. É um absurdo, e o governo do Estado deve tomar providências, para que este fato não fique sem resposta e seja responsabilizado o autor dessa difamação”, declarou.O deputado Dobrandino da Silva (PMDB), que mora em Foz do Iguaçu, disse que se surpreendeu com as declarações do senador paraguaio Juan Carlos Galaverna e as considerou absolutamente descabidas. “O governador Requião tem forte oposição na Assembléia Legislativa, mas nenhum deputado chegou ao extremo de falar uma besteira igual à do senador do Paraguai”, destacou. Segundo Dobrandino da Silva, o governador Requião tem uma Secretaria de Segurança que vem combatendo rigorosamente o tráfico de drogas no estado, com inúmeras apreensões, inclusive na fronteira com o país vizinho. “O senador paraguaio jamais poderia ter falado uma asneira tão grande em relação ao governador Requião”, observou o deputado Dobrandino.SEM FUNDAMENTAÇÃO - O deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB) afirmou que, assim como no Brasil, existem no Paraguai pessoas irresponsáveis, que usam o expediente da leviandade, da calúnia e da mentira para impor seus interesses. “Um cidadão como este deve ser processado, porque não pode ficar impune quem diz tantas mentiras. O governador Requião é uma grande referência de honestidade para o povo paranaense, vizinho do Paraguai. Se porventura um político como este vier a ser candidato em seu país, o Paraguai terá a infelicidade de ver uma pessoa de pequena estatura moral pleiteando um cargo em seu país”, declarou.Segundo Cheida, não só os paranaenses “mas todo o povo brasileiro deve repudiar as declarações do senador e exigir retratação desse cidadão que, mesmo sendo um senador com imunidade parlamentar, não pode ficar livre das punições a que está sujeito qualquer cidadão que fala besteiras desse calibre”. Cheida afirmou que “o governo do Paraná é sério e austero e prima pela cordialidade com outros povos. O governador Requião quer a felicidade de outros povos e não merece uma desfaçatez desse porte.”O deputado Artagão Júnior (PMDB) disse que a afirmação é surpreendente e a primeira que ouviu com esta linha de colocação. “Conhecemos todos a história do governador, sua história pessoal, sua história familiar, uma história de mais de 60 anos. Nem de perto se assemelha ao que afirmou o senador paraguaio. Em sua história política, ele é um combatente contra a violência, contra o tráfico de drogas e contra o contrabando. Cobra severamente a Secretaria de Segurança em suas funções legais de fiscalização e apreensão de armamentos e de drogas, não só no Paraná, como também em suas fronteiras, incluindo as fronteiras com o Paraguai e a Argentina”, afirmou Artagão.Segundo Artagão, a afirmativa do senador paraguaio pega a todos de surpresa, porque não se encontra nenhuma fundamentação para ela. “São palavras ao vento, fáceis de jogar. Quero ver alguma documentação cabal que confirme essas afirmativas. Não acredito nelas e acho que as eleições que ocorrerão no Paraguai estão fazendo com que algumas pessoas acabem cometendo equívocos, como essas afirmações contra a pessoa do governador Requião. Não vejo nenhuma interferência política do governo do Paraná no Paraguai”, enfatizou.Casemiro Linarth 041.3350.4191