Para o líder da Oposição, os dados (432 mortos – entre agosto de 2003 e setembro de 2007 – sendo que 234 na fila de espera por um leito na UTI) refletem a falta de investimentos, a omissão e o desleixo do governo Requião no atendimento das áreas essenciais à população. "A propaganda do governo é boa, mas a pratica é uma tragédia. Os números são gritantes e mostram a falta de gerenciamento da Secretaria de Saúde. Os investimentos não saem do papel, ficam só no discurso político. Essa denúncia do Ministério Público revela que o setor de saúde vive uma situação catastrófica", disse Rossoni. Entre as questões apontadas pelo deputado estão a demora na construção dos hospitais regionais, tão propagandeados durante a campanha eleitoral, e a falta constante de medicamentos especiais nas farmácias do Governo. Segundo o líder da Oposição, tem gente morrendo no Paraná pela ausência dos anunciados hospitais e porque o governo briga na Justiça para não entregar remédios aos doentes. "O ano já está acabando e nada dos hospitais. O de reabilitação que era para ser referência nacional, segundo a propaganda do governo, está pronto, mas faltam recursos para equipar e colocá-lo em funcionamento. É mais um hospital pronto para operar que está abandonado, enquanto a população carece de atendimento. Sem contar o desespero da população em conseguir um medicamento para poder sobreviver. O problema se arrasta há meses sem uma solução", apontou Rossoni. "Os parlamentares, a população, o Ministério Público, todos vêm alertando para a necessidade de resolver o problema de falta de leitos de UTI em Ponta Grossa mas o governo ignora o apelo. Foram 234 pessoas que não conseguiram atendimento em UTI e que perderam suas vidas. Isso sem falar nas outras duzentas mortes que sequer atendimento médico foi fornecido. Nem estes números sensibilizam o governo para reverter o quadro crítico da saúde no Paraná. A letargia e a omissão deste governo têm que acabar, antes que outras vidas se percam por falta de atendimento médico", concluiu. Intervenção A Promotoria de Defesa da Saúde Pública do Ministério Público de Ponta Grossa vai entregar a cópia dos relatórios ao Ministério da Saúde e à Procuradoria Geral da União. O MP pede a intervenção do Estado.