“Um primeiro quadrimestre positivo”, avaliou, na manhã desta terça-feira (6), o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto ao fazer a prestação de contas para os deputados que compõem a Comissão de Saúde Pública da Assembleia Legislativa. Ele afirmou, ao longo de 45 minutos, como prevê o Regimento Interno da Casa, que até agora, já aplicou 10 49% do orçamento. Valores bem acima da média dos últimos cinco anos que ficava em menos de 9%. O objetivo é ultrapassar os 12,9% investidos em 2016.
Durante a apresentação, ele citou as 19 diretrizes seguidas no Plano Estadual de Saúde. Entre elas, a execução, que, em termos financeiros, fica próxima a 40% do orçamento em 6171 pontos de saúde pública, como Unidades Básicas de Saúde (UBS), hospitais e clínicas.
Michele agradeceu o empenho dos parlamentares na votação de projetos importantes para melhorar a qualidade da saúde pública do Paraná, tanto na proposta que prevê a participação da iniciativa privada no SUS quando o Governo não tiver disponibilidade para garantir a cobertura assistencial de um setor, por meio de convênios, dando preferência para entidades filantrópicas ou sem fins lucrativos, caso das Santas Casas, por exemplo, quanto para o HospSus, programa de atenção primária à saúde, onde 391 dos 399 municípios paranaenses aderiram.
(Sonora)
Um outro avanço destacado pelo secretário foram as cirurgias eletivas. De acordo com Michele, já fazia dois anos que o Ministério da Saúde não investia recursos nesse tipo de procedimento. E sobrava para o estado, que nesse tempo, chegou a gastar R$ 35 milhões realizando cinco mil cirurgias. Em locais inclusive que nunca haviam sido atendidos.
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Durante a apresentação, também foi ressaltado o fortalecimento de alguns programas, como o Mãe Paranaense, a construção de sete novos hospitais, aumento no número de testes rápidos de HIV (60 mil, sendo cinco mil somente durante a Operação verão) e nomeação de 584 novos servidores. Foi questionado pelos deputados Nereu Moura (PMDB) sobre itens incompletos do relatório, por Evandro Araújo (PSC) sobre obras nos hospitais universitários de Londrina e Maringá e por Márcio Pacheco (PPL) sobre a falta de leitos em Cascavel. E respondeu, por exemplo, que no caso das obras, uma delas teria recebido um aditivo, e que nunca se investiu tanto nos hospitais universitários como agora. Disse ainda que em Londrina, os recursos vêm da própria instituição. Para a falta de leitos, Caputo disse que será preciso contrapartida da Unioeste, que não tem feito a parte dela nas obras de ampliação do hospital.
Também participaram da prestação de contas os deputados Nelson Luersen (PDT), Tercilio Turini (PPS), Ademir Bier (PMDB) e Fernando Scanavaca (PDT), além do presidente da Comissão, o deputado Doutor batista (PMN).
Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro.