Por proposição do deputado Felipe Francischini (PSL), especialistas no estudo das chamadas “Fake News”, as notícias falsas que circulam hoje sobretudo nas redes sociais, falaram na Assembleia Legislativa do Paraná durante a sessão plenária desta segunda-feira (28). Daniel Lofrano do Nascimento, Daniel Hortêncio de Medeiros e José Le Senechal Neto expuseram aspectos do tema, que tomou o debate político internacional principalmente na campanha presidencial norte-americana no ano de 2016, assim como tem sido mais discutido neste ano eleitoral no Brasil.

De acordo com Francischini, o combate às Fake News deve começar pela educação do público que é alvo delas. “O Brasil tem a terceira população no mundo que acessa as redes sociais, onde busca por informações. É importante que as pessoas não compartilhem qualquer coisa da internet, que procurem as fontes das notícias que leem, e aprendam a pesquisar sobre essas informações”, afirmou.

Para Daniel Lofrano Nascimento, consultor e especialista em segurança digital, o jovem constitui a maioria do público que absorve as Fake News, por isso palestras em colégios e nas faculdades ainda são a forma mais eficiente de combate às informações falsas.  Ele falou do projeto Fake News Autentica, iniciativa que reúne jornalistas e analistas, em um portal, que investigam notícias que circulam nas redes sociais e verificam se elas são verdadeiras ou não.

Segundo o professor e consultor em produção de conteúdo digital, Daniel Hortêncio de Medeiros, as Fake News devem ser discutidas nas escolas, como prevenção. “Todos os agentes da comunidade escolar devem exigir que os alunos indiquem as fontes do que leem, que procurem duas fontes para qualquer notícia e inclusive busquem outras opiniões sobre o que os próprios professores lhes falam”, afirmou.

José Le Senechal Neto, presidente do Clube do Estudante, disse que as Fake News serão muito exploradas nas eleições no Brasil em 2018. “Temos que fazer um acompanhamento para que empresas e políticos não se tornem vítimas das noticias falsas. Este debate deve estar nas escolas, para preparar os jovens para enfrentar o problema”, explicou.