A Comissão do Mercosul, presidida pelo deputado estadual Fernando Carli Filho (PSB), irá se reunir no próximo dia 27 para discutir dois projetos que favorecem as relações culturais e econômicas entre o estado do Paraná com países do “Extremo Oriente”. Os projetos, que acabam de receber parecer favorável da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), devem ser apreciados pelos membros da comissão antes de passar por votação em plenário. O primeiro projeto, a ser avaliado, é a criação do Parlamento Brasil-China no estado do Paraná, de autoria do deputado Mohamad Ali Hanzé. A idéia é reunir parlamentares comprometidos com o ideal de estreitar as relações culturais e econômicas e fortalecer os laços de amizade entre os dois países, principalmente com o estado do Paraná. Se aprovado, será criado um grupo diretor e de conselheiros, responsáveis na elaboração do regimento interno.Segundo o Diário Oficial do Partido Comunista Chinês, O Brasil é hoje o maior parceiro comercial da China na América Latina registrando de janeiro a novembro do ano passado um volume comercial de US$ 18,5 bilhões. E o Paraná contribui com esse número em razão de abrigar importantes empresas e instituições chinesas. “As economias da China e do Brasil são complementares. Existe uma multiplicidade de oportunidade para parcerias que podem beneficiar ambas as partes. O parlamento será superado por uma demanda regrada e voltada para o interesse do povo paranaense”, declarou Fernando Carli Filho.Outro projeto que deverá ser analisado pela Comissão do Mercosul é de autoria do deputado Luiz Nishimori que visa instituir O Ano do Intercâmbio Brasil e Japão. De acordo com Nishimori, o projeto vem em comemoração ao centenário da imigração japonesa. O objetivo é criar um intercambio entre os dois países nas áreas da cultura, das artes, do esporte, da educação, do comércio e da indústria. “Deve-se dar continuidade ao intercambio já estabelecido no setor educacional. O Paraná só tem a ganhar ao acrescentar novos conceitos didáticos em seu sistema de ensino”, afirmou Fernando Carli Filho.Relação Brasil e ChinaA China, sexto maior mercado exterior do Brasil, é considerado, hoje, um gigantesco e sólido mercado. Uma das maiores posições de reserva em divisas do mundo que superam um volume de US$ 600 bilhões. Retrata um superávit nas trocas bilaterais com o Brasil no patamar do US$ 5,5 bilhões. A China apresenta um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 10,7% contra 2,9% do Brasil, em 2006. Brasil e China estão inseridos no acrônimo internacional denominado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), os quatro principais países emergentes do mundo.